quinta-feira, 20 de junho de 2019

LAMPIÃO MATA JOVENTINO: Crime traçado nas terras de "Água Branca"

casa de Antonio Zezé


    Água Branca em Alagoas foi uma das cidades que sofreu a fúria do cangaço. em 1922 Lampião realizou o famoso saque a Baronesa de Água Branca, a senhora Joana Vieira.
os povoados Tingui e Alto dos Coelhos era reduto de cangaceiros e viu também as ações violentas do cangaço, onde várias pessoas foram mortas.
    Um dos capítulos de morte nessas terras aconteceu na Fazenda Riacho Seco, de propriedade de Abel Torres, filho da Baronesa de Água Branca.
O crime aconteceu por consequência de uma fofoca. um rapaz chegou em Água Branca procurando emprego como vaqueiro e falaram que pra trabalhar como vaqueiro estava difícil pois os cangaceiros estavam espalhados por toda região.
 o rapaz respondeu que para Lampião tinha era um "Parabellun" pra atirar nele. falou isso em um movimentado dia de feira, onde coiteiros andavam vasculhando informações. No mesmo dia Lampião ficou sabendo da afronta do jovem Joventino.
Joventino conseguiu trabalho nas terras de Abel Torres e foi morar na fazenda Riacho Seco, próximo a divisa de Água Branca com Olho Dágua do Casado. nessa fazenda tinha duas casas, residindo em uma delas o senhor Antônio Zezé e em outra morava Joaquim Gomes.
Joventino ficou na casa que morava Joaquim Gomes.
Lampião ficou sabendo do paradeiro de Joventino e foi com "Pitombeira" (Zacarias Bode), Luiz Pedro e mais dois companheiros. os cinco cangaceiros se aproximaram da casa onde estava Joventino.
Lampião já no terreiro gritou:
- Joventino cadê o Parabellun que você tem pra atirar neu?
Joventino saiu da casa e quando chegou no alpendre os cangaceiros o pegaram e o rapaz negou sofre o recado desaforado que tinha mandado pra Lampião.
- Isso é mentira!!!!
    Lampião sem contar conversa atirou no rapaz que já caiu morto.
com o corpo do rapaz ensanguentado no chão os cangaceiros entraram na casa, o cangaceiro Pitombeira encontrou o senhor Antônio Laurentino (Lorentino).
Lorentino era vaqueiro que tinha os pés aleijados.
Pitombeira tinha uma antiga rixa com Antônio Lorentino e viu nesse momento a oportunidade de se vingar.
A intriga entre os dois começou por causa de uma cerca que Pitombeira estava fazendo e invadindo um pedaço do terreno do patrão de Lorentino, na fazenda doTalhado.
o proprietário Abel Torres empatou de Pitombeira fazer a cerca e ai criou-se uma intriga entre o futuro cangaceiro e o vaqueiro.
Pitombeira e outros cangaceiros seguraram Antônio  Lorentino para matar e nesse momento outro vaqueiro, chamado Mané Egídio se atravessou na frente de Pitombeira e falou:
- Esse daqui você não mata não!!!

Lampião olhando a cena, sentenciou:

- Aqui não se mata ninguém, esse daqui fica pra ir a visar ao patrão pra ele vir enterrar o defunto!

    Esse valente vaqueiro Mané Egídio que livrou o amigo da morte certa, mais tarde tronou-se o famoso cangaceiro Barra Nova, um dos bravos homens do grupo de Lampião.

em abril de 2019, eu, Aldiro Gomes, Thomaz Deyvid e Raul Sandes, estivemos nessa fazenda e nas duas casas conhecendo esses dois monumentos que viveram a história do cangaço.
Uma saga vivida entre a razão e a violência onde homens pagavam com as vidas por uma simples palavra empenhada, muitas vezes simples palavras jogadas ao vento, sem intenção de se transformar em verdade. tempos dificeis e conturbados. hoje escombros cobrem os sangues do passado e marcam os fatos vivenciados nessas terras.....

João de Sousa Lima
Historiador e Escritor
Alto dos Coelhos, Água Branca. Alagoas.
em 20 de junho de 2019.
Membro da Academia de Letras de Paulo Afonso, cadeira 06
Membro Presidente do IGH - Instituto Geográfico e Histórico de Paulo Afonso
Membro da SBEC-  Sociedade Brasileira de Estudos do cangaço

antiga casa de Antonio Zezé










Raul na casa de Antonio Zezé e onde nasceu o pai desse jovem





João de Sousa Lima e Aldiro nos escombros da casa onde Lampião matou o vaqueiro Joventino, fazenda Riacho Seco


João e Raul na casa onde Lampião matou Joventino

Aldiro, João e Deyvinho nos escombros da casa onde Lampião matou Joventino





adobes espalhados no terreno da antiga casa onde morreu Joventino

Aldiro e João em frente da casa onde Joventino foi assassinado







Aldiro Raul e Deyvinho na malhada da casa onde Lampião assassinou Joventino

terça-feira, 18 de junho de 2019

PAULO AFONSO: ENCONTRO DE ANTIGOS ESCRITORES DA CIDADE

 


   Em 2004 alguns escritores de Paulo Afonso se reuniram no Memorial Chesf para realizar lançamentos de livros.
Dos poucos registros desse evento restou essa fotografia onde aparece Luiz Ruben, João de Sousa Lima, Ivus Leal, Edson Barreto, Antônio Galdino e Roberto Ricardo.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Hisroriador e Escritor João de Sousa Lima assume a Presidência do IGH - Instituto Geográfico e Histórico de Paulo Afonso


IGH/PA – Instituto Geográfico e Histórico de Paulo Afonso empossa sua nova diretoria
O historiador e escritor João de Sousa Lima é o novo presidente
Publicada em 15/06/19 às 17:26h - 296 visualizações
por Antônio Galdino - Fotos: Negrito Alcântara



Marta Tavares (Sec. IGH) dá posse a João de Sousa Lima (dir) e Flávio Motta na diretoria do IGH  (Foto: Negrito Alcântara)
Em solenidade bastante concorrida aconteceu na noite da sexta-feira, dia 14 de Junho, na Casa da Cultura de Paulo Afonso, a posse da nova diretoria do IGH/PA – Instituto Geográfico e Histórico de Paulo Afonso para o biênio 2019/2021.
Os novos eleitos, na segunda-feira, 10, foram:
Presidente – Historiador e escritor João de Sousa Lima
Vice-presidente – Engenheiro, pesquisador Flávio José Ataíde da Motta
Secretária – Geógrafa Marta Tavares
Tesoureiro – Professor Severino Gilson Peixoto de Oliveira
Além dos membros do IGH, estamos presentes à solenidade também vários membros da Academia de Letras de Paulo Afonso - ALPA e significativa representação da sociedade local. A prefeitura de Paulo Afonso se fez representar pela Sra. Juvandir Tenório (D. Didi), esposa do prefeito Luiz Barbosa de Deus. Pela ALPA, além do seu presidente, Professor e escritor Antônio Galdino da Silva, estavam presentes, João de Sousa Lima, vice-presidente da ALPA e novo presidente do IGH, Socorro Mendonça, Marcos Antônio Lima (que veio de Santa Brígida/Colônia), Roberto Ricardo (fundador do IGH), Edson Barreto, Luiz Rubem.
Na mesa de honra estavam o presidente do IGH, Professor Severino Gilson, D. Juvandir Tenório, o Tenente Coronel Cardoso, da 1ª Cia de Infantaria, o presidente da ALPA, o advogado Isac Oliveira e o Professor, ex-deputado federal e ex-padre Manoel Alcides Modesto Coelho.
No auditório da Casa da Cultura, membros do IGH e amigos e familiares dos novos diretores do IGH-PA.
Os eleitos prestaram o juramento de posse e, em seus discursos disseram do desejo e continuar o trabalho de resgate e preservação da história de Paulo Afonso.
João de Sousa Lima falou de sua luta incansável na busca de informações preciosas sobre a história do cangaço na região, tema de 8 dos seus livros e outros fatos históricos e agradeceu “pela acolhida que esta cidade me deu e à minha família desde que aqui cheguei, com 10 anos de idade e a Câmara já me fez Cidadão deste município. Hoje é dia de muita emoção, por ter recebido os votos dos colegas do IGH para representá-los nessa importante instituição cultural e por ver aqui, grandes amigos, prestigiando essa minha posse à frente do IGH. Estaremos todos dedicados a continuar essa caminhada, valorizando a cultura e a história de Paulo Afonso”.
Flávio Mota, vice-presidente, também se declarou “feliz e homenageado, ao ser escolhido como companheiro de João de Sousa Lima nessa luta pela preservação do nosso patrimônio, o resgate das histórias de vida de pioneiros que fizeram a Chesf e a cidade de Paulo Afonso”.
Também usaram da palavra o presidente do IGH Professor Severino Gilson que falou da criação desse Instituto, “em 2004, quando eu, o Professor Roberto Ricardo e a Professora Edileuza nos reunimos em uma sala do CIEPA, hoje CETEPI -1, ali nasceu o IGH, tomando por referência o IGH da Bahia. Assumi esta instituição há 2 anos, substituindo o Professor Roberto Ricardo que ficou no comando do IGH por 13 anos e agora passo o cargo ao sócio João de Sousa Lima, eleito seu novo presidente, formulando votos de pleno sucesso desta nova diretoria”.
A noite teve ainda como oradores, o presidente da ALPA que parabenizou a nova diretoria e desejou muito sucesso e chamou a atenção de todos “para a necessidade de se unir forças, e o IGH é muito importante nessa luta e buscar  ações imediatas, dos governos, especialmente do governo federal, para a revitalização do rio São Francisco, porque, já vemos aqui em Paulo Afonso os resultados dos danos que vem sofrendo esse rio: a vazão necessária para que todas as usinas da Chesf funcionem a plena carga é de 2.060 metros cúbicos de água por segundo. Estão chegando aqui pouco mais de 500 metros cúbicos e quase todas as máquinas estão paradas. Já vi a Cachoeira de Paulo Afonso com mais de 18 mil metros cúbicos de água por segundo despencando de suas quedas. Hoje está seca. As baronesas estão acabando com o turismo. Ou o governo federal age imediatamente para revitalizar o rio, de forma definitiva, ou logo teremos um rio morto e a vida na região também vai morrer”. E lembrou-se do grande defensor do rio São Francisco, José Theodomiro de Araújo, conhecido como "o velho do rio", que escreveu: “E quando ele morrer, no lugar onde hoje é a Cachoeira Casca D`anta nós, que o amamos, faremos fixar no paredão da serra, o epitáfio: “Por aqui passou um rio, que foi destruído por um povo que usou a inteligência para praticar a burrice.”
Sobre o rio São Francisco, Ivan Caetano, pioneiro da Chesf como mecânico dos helicópteros da hidrelétrica do São Francisco, falou, com as vivências e a sabedoria dos seus 82 anos de idade, das dezenas de viagens que fez ao longo do rio São Francisco e do rio que conheceu “de águas límpidas e transparentes que se podia beber na palma das mãos até o rio de águas turvas, contaminadas por esgotos e por agrotóxicos e pela plantação de eucaliptos às suas margens e pela agricultura sem controle. Infelizmente, o rio São Francisco como está, vai morrer”.
Essa preocupação com a situação atual do rio, foi oportunamente também avaliada em uma reunião de posse da diretoria do IGH, em uma fala do biólogo Maurício Arouche, que falou em nome da Aghenda, ONG dirigida por sua esposa, Valda Arouche. Maurício apresentou dados muitos preocupantes sobre a situação do rio São Francisco, "inclusive com a grande carga de agrotóxicos e com os venenos que chegam das barragens de minérios estouradas em Minas Gerais" e observou que “o IGH tem um importante papel nessa luta, como uma instituição formadas por homens e mulheres pesquisadores, geógrafos, historiadores, engenheiros, professores, formadores de opinião”.
O Dr, Isac Oliveira, de Altinho/PE e hoje também Cidadão de Paulo Afonso elogiou o intenso trabalho de pesquisa de João de Sousa Lima que resultou em quase 20 livros publicados e disse saber que “o IGH continua em boas mãos”.
Manoel Alcides chamou a todos para “uma releitura dos nossos tempos. Uma releitura e reescrita da história de Paulo Afonso, nos dias atuais”.
O comandante da 1ª Cia. de Infantaria ressaltou que “embora chegado a pouco tempo a Paulo Afonso, tive a felicidade de conhecer o João de Sousa Lima e, através dele, de seus escritos, conheci muito mais sobre a história deste lugar e também sobre a história da nossa unidade militar, a 1ª Cia. de Infantaria. Parabenizo e formulo votos de sucesso em sua gestão e pode contar com o nosso apoio.”
D. Juvandir Tenório falou do “acompanhamento do trabalho do IGH, através do jornalzinho que todos os meses recebo e ofereceu o apoio da Prefeitura de Paulo Afonso para as ações futuras do IGH. Parabéns, João. Sucesso em sua gestão.”
O Professor Roberto Ricardo, fundador do IGH e seu presidente nos primeiros 13 anos de vida deixou também o seu abraço e o seu apoio aos novos colegas diretores eleitos.
A solenidade de posse da nova diretoria do IGH teve ainda o brilho da poesia criada e apresentada pelo poeta Robson, de Jeremoabo “mas apaixonado por Paulo Afonso”, feita especialmente para este evento, em homenagem a João de Sousa Lima e a boa música Raffael di Oliveira, do Projeto Arte em Cena da Secretaria de Cultura da Prefeitura e a participação de um dos seus melhores alunos, Guilherme Marques. A convite do novo presidente do IGH, a solenidade foi conduzida por Paulo Roberto.


Antonio Galdino, Marcos, João de Sousa Lima e Flávio Motta




Juramento para presidência do IGH






Antonio Galdino entrega Diploma de Presidente a João de Sousa Lima




















João de Sousa Lima com as filhas Stéfany de Sousa Lima e letícia de Sousa Lima











professor Roberto Ricardo

Dona Juvandir (Didi) parabeniza João de Sousa Lima

Ivan Caetano parabeniza João de Sousa Lima


equipe da Casa de Cultura Aretuza Simonetta, Fabiane Mergulhão, Alba Riva, Eduardo Cruz e João de Sousa Lima



professor Celso Filho, Alcides Modesto, João de Sousa Lima e Mãezinha

Missinha, João de Sousa Lima, Rafael Di Oliveira e José Freire

Esther, João de Sousa Lima, Flávio Motta e Derinho Oliveira

Manuel de Oliveira, João de Sousa Lima, Antonio Galdino, Capitão Laércio e Flávio Motta


Pedrinho, sobrinho amado de João de Sousa Lima, sempre presente nos caminhos do tio

Osvalny Lima, Lígia, João de Sousa Lima com Pedrinho, Galdino e Drº Isac