terça-feira, 29 de novembro de 2011

A MULHER NO CANGAÇO


A  MULHER NO CANGAÇO

Há um fascínio natural quando se fala da mulher no cangaço.
Em uma época tão difícil o que levou tantas mulheres - meninas a entrarem para esse mundo desconhecido e de certa forma brutal? Que tipo de atração o mundo feminino viu no movimento cangaceiro? Quais foram os motivos que causaram tanto deslumbramento aos olhos daquela juventude?
Essas são algumas perguntas que fazemos tentando entender os reais motivos da entrada da mulher no cangaço. Mesmo diante dos depoimentos de algumas que foram forçadas a seguir seus companheiros, como foi o caso de Dadá que foi raptada por Corisco, no caso da Dulce que foi trocada por jóias pelo cunhado, de Aristeia que seguiu Catingueira por sofrer maltrato da policia, Antonia e Inacinha forçadas por Gato, podemos citar vários casos dessa natureza, porém  a maioria foi por pura paixão como é o caso de Durvinha que se apaixonou por Virgínio, Lídia por Zé Baiano, Maria por Lampião, Nenê por Luiz Pedro, Eleonora por Serra Branca,  Naninha por Gavião, Aninha por Mourão, Catarina por Nevoeiro, Joana por Cirilo de Engrácia.
Alguns cangaceiros não concordaram com  a entrada das mulheres no cangaço como foi o caso de Balão que deixou depoimentos confirmando que as mulheres atrapalhavam as caminhadas dentro da mataria, principalmente quando ficavam grávidas. Os tiroteios diminuíram e Balão era um dos cangaceiros que gostava dos confrontos.
Para outros, com  a mulher no cangaço, os estupros diminuíram, a violência sem aparente razão  se atenuaram.
A verdade é que com a mulher no cangaço o movimento ganhou uma áurea romanesca, as histórias contadas sempre falam do amor entre casais famosos, no cinema, nos versos tantos eruditos quanto populares, no livreto de cordel, na arte plástica, na música, no teatro, na literatura, os romances sempre mexeram com a capacidade de imaginar o cavaleiro em seu cavalo alado salvando as mocinhas e donzelas para viverem o amor eterno.
A mulher cangaceira deixou para sempre na historiografia do nordeste brasileiro o nome da mulher sertaneja como sinônimo de mulher guerreira, bravia, independente, sem perder sua feminilidade, sua capacidade de amar, independente das circunstâncias.

Edson Barreto, Cangceira Dulce, João de Sous Lima e Maria  Cícera (irmá de Dulce e com 103 anos de idade)
João e a cangaceira Aristeia
João e Joana ( irmã de Dadá)
João e Rita (estuprada por Sabiá)
 João e Durvinha
João e Adília
João e Maria de Jurity
 João e Mocinha (irmã de Lampião)

João e Aristeia












obs: na primeira fotografia João e uma irmã da cangaceira Joana (Moça, de Cirilo de Engrácia)

domingo, 27 de novembro de 2011

João de Sousa Lima é noticia no Jornal Folha Sertaneja

 o Escrito João de Sousa Lima quebra o silêncio e fala sobre o polêmico livro do Juíz Pedro Morais:


Folha Sertaneja - Paulo Afonso - BA
27/11/2011 - 00:28
Juiz Pedro Morais: Um Escritor Medíocre.
João de Sousa Lima*
O mundo do cangaço  despertou esses dias em pavorosa notícia, tudo por  culpa do Juiz aposentado, o senhor Pedro Morais que estaria lançando um livro onde aponta Lampião como Gay e Maria Bonita  como adúltera, digo que estaria lançando por que a família do cangaceiro moveu uma ação judicial  por se sentir ofendida com a falsa notícia do homossexualismo do Rei do Cangaço e a infidelidade de sua esposa Maria Bonita e a justiça de Sergipe proibiu a publicação e a comercialização do livro: Lampião - o Mata Sete.


Para os homens e mulheres que estudam o cangaço com seriedade e imparcialidade, salientando que não se trata aqui de homofobia ou qualquer outro tipo de preconceito, no cangaço não existiu casos de homossexualismo, nenhum estudo em todos os aspectos do fenômeno apontou essa prática.
Sobre  Maria Bonita ser adúltera já ouvimos vários absurdos principalmente um suposto caso dela com o homem de confiança de Lampião, o cangaceiro Luiz Pedro, tudo fruto da imaginação de pessoas que tentam macular a figura dessa sertaneja  sem ter argumentos nenhum que comprovem tais traições e os casos de traições no cangaço conhecemos todos e os resultados que foram gerados por tais atitudes.
Sobre Lampião um enrustido gay escreveu certa vez essa mesma história que ora se repete e que gerou problemas, uma  confusão generalizada e ate quase apanhando de uma das netas do cangaceiro,  reflexo de um estudo equivocado de um desajustado que por falta de coragem em assumir sua opção de vida tentou caluniar  outra pessoa.
Eis que agora chega com essa contradição um JUIZ, um Homem da Lei, acostumado julgar casos e sentenciar.
 Baseado em que depoimento histórico ele escreveu essa incoerência? Que referências ele pesquisou para citar como reais esses subsídios? Abalizado em que fundamentação lógica ele se apoiou?

Digo com certeza que o senhor Pedro Morais fundamentou suas pesquisas na arte da criação fictícia, fruto único do seu pensamento, fugindo à principal regra do verdadeiro pesquisador e historiador que é levantar fatos, analisá-los e confrontá-los.
O livro foi feito apenas com o pensamento de causar polêmica e ganhar dinheiro, eu mesmo faço questão de não tê-lo em minha biblioteca.
Como Juiz o senhor Pedro Morais deve ter usado suas sentenças baseadas no aprendizado de tantos anos de estudos, na imparcialidade de sua função e nas leis que julgam o certo e o errado, assim como  na visão da efígie  representativa  da balança que é segurada por uma pessoa cega, onde os pratos da justiça não pendem para nenhum dos lados.
Como escritor ele se perdeu na mediocridade da arte e desconhece o princípio básico dos verdadeiros homens que investigam a história.
Como pesquisador ele é a própria estátua que representa  a Lei: CEGA
João de Sousa Lima
Escritor e pesquisador.
 
* Da Redação:
O escritor e pesquisador João de Souza Lima é reconhecido nacionalmente como um dos pesquisadores mais sérios sobre o cangaço. Foi amigo de Moreno e Durvinha e, de quando em vez está almoçando com a cangaceira Aristéia, com quem já viajou para Brasília, Fortaleza e outros lugares para onde é convidado para fazer palestras. É membro da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço - SBEC, do Instituto Histórico e Geográfico - IGH, de Paulo Afonso, da Academia de Letras de Paulo Afonso - ALPA e de outras instituições de pesquisa. Também produz documentários em vídeo como o que narra a história do Cangaceiro Gato, um índio Pankararé da região de Paulo Afonso. Dentre vários livros sobre o tema cangaço, que publicou, destacam-se Lampião em Paulo Afonso (esgotado), Moreno e Durvinha, A trajetória guerreira de Maria Bonita, a Rainha do Cangaço, este já em 2ª edição e com uma edição produzida em braille em Macaé, no Rio de Janeiro. Tem ainda co-parcerias e vários outros livros. É referência para produtores de TV, jornais e revistas quando o assunto remete ao ciclo do cangaço no Nordeste brasileiro.

Antônio Galdino
Jornal Folha Sertaneja
Diretor

 Antonio Galdino (diretor do Jornal Folha Sertaneja) e João de Sousa Lima
a polêmica refletida em outros meios de comunicações.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

TV São Francisco (Rede Bahia) realiza reportagens sobre o turismo em Paulo Afonso.

 A TV São Francisco realiza uma série de reportagens sobre o turismo em Paulo Afonso, assim também como entrevistas com pioneiros da história da cidade, já tendo sido entrevistados Antonio Galdino, Claudio Xavier e Abel Barbosa.

Um dos pontos visitados foi o Museu Casa de Maria Bonita.
o Jornalista Pablo com João Lima e o cinegrafista Ailton.
A equipe da TV São Francisco no Museu Casa de Maria Bonita.
Abel Barbosa, o principal nome da emancipção politica de Paulo Afonso, recebeu  a equipe da TV São Francisco em sua residência.

Pablo, João e Ailton

domingo, 20 de novembro de 2011

Aristeia Soares: Uma Cangaceira Incansável.

 Aristeia Soares representa a longevidade da mulher sertaneja e hoje, diante dos quase 99 anos de idade é um capitulo vivo da história do nordeste.
Essa incansável mulher que não para um dia da vida para descansar e rejuvenesce quando fala em retornar para visitar sua casinha, no Capiá da Igrejinha, em Canapí, Alagoas e se prontifica de imediato.
diante de sua antiga moradia ela se emociona, relembra fatos, sente saudades de tempos idos.
Aristeia nasceu no dia 23 de junho (dia de São João) de 1916. Por perseguições e espancamentos da polícia foi obrigada seguir para o cangaço, mundo onde já se encontrava sua irmã Eleonora.

A Familia sempre reunida em torno da Matriarca quase centenária.
Sempre solícita para entrevistas e filmagens.
 Sorridente sempre, exprime sua alegria contagiando a todos.
As vezes o pensamento se perde no silêncio buscando as lembranças que ficaram no passado.


o Capiá da Igrejinha é para Aristeia um pedacinho do céu e lá ela pretende um dia descansar no eterno sono divino, talvez embaixo de alguma frondosa caraibeira, com seu amarelado tapete de flores douradas.


Agradeço a oportunidde de ser seu amigo e poder conhecer segredos e confidenciar fatos de minha vida. Ter Aristeia como amiga e confidente é prazeroso.
Aristeia Soares é sinônimo de sabedoria, fidelidade, amor, conhecimento, amizade.
Aristeia é a síntese da dignidade.
abençoada  seja Aristeia Soares

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Volantes e Cangaceiros

 Inácio Ferreira foi um dos soldados que participou do combate  que faleceu o cangaceiro Cacheado e foi fotografado com a cabeça do cangaceiro na frente da cadeia de Jeremoabo, a foto é a última dessa postagem.















Inácio com sua esposa e uma cunhada.















Soldados com a cabeça do cangaceiro Cacheado na delegacia de Jeremoabo.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Descoberto mais um soldado de volante


Inácio Ferreira Lima reside em um dos povoados de Jeremoabo, Bahia.
ele foi soldado das volantes de Odilon Flor, tenente Santinho e Zé Soares.
participou do tiroteio que matou o cangaceiro Caxeado.
em breve teremos essa reportagem lançada em vídeo.

João Lima, o volante Inácio Ferreira e Toinho de Juvininho.
a identidade de Inácio

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Apolonio Salles, Um Nordestino de Valor

Apolônio Jorge de Farias Salles , ou simplesmente Apolônio Salles, filho de José Francisco de Farias e Maria Augusta de Jorge Salles, nasceu em 24 de agosto de 1902. Casado com Isabel Irene Dias Salles, teve sete filhos: Mauro Bento, Luís Marcelo, Apolônio, Izabel, Maria Regina, Maria de Fátima e Cláudio José.

Fez seu curso primário no Colégio Municipal de Altinho, completando o curso secundário no Colégio São Bento, em Olinda. Formou-se em agronomia pela Escola Superior de Agricultura de São Bento, turma de 1923, mantida pelos monges beneditinos, então localizada no santuário ecológico do Engenho São Bento, em São Lourenço da Mata, Pernambuco.

Exerceu por muitos anos o magistério naquela escola, ocupando diversas cadeiras, sendo aposentado como Professor Catedrático de Agricultura e Genética, pela Escola Superior de Agricultura de Pernambuco.

Nomeado engenheiro-agrônomo da Secretaria de Agricultura, Indústria e Comércio de Pernambuco, desempenhou, além de outros cargos, o de chefe do Serviço Estadual de Cana-de-Açúcar, sendo introdutor de modernas técnicas de irrigação na Usina Catende, em Pernambuco.

Como Secretário de Agricultura de Pernambuco, entre outros eventos, implantou postos de criação de animais em diversos municípios, usinas de recebimento, resfriamento e distribuição de leite, serviços de avicultura e de piscicultura e o Parque de Exposição de Animais, em Recife.

Ministro da Agricultura por duas vezes, assinou diversos acordos internacionais para a produção de borracha, criou a Superintendência do Vale Amazônico, o Banco de Crédito da Borracha Amazônica, o Banco Nacional de Crédito Cooperativo, reorganizou o serviço de meteorologia e o Centro Nacional de Ensino
e Pesquisa, elaborou o Plano de Mecanização da Lavoura e criou o Núcleo Colonial
Agro-Industrial do São Francisco, em Petrolândia.

Ainda, como Ministro da Agricultura, lançou uma campanha em prol da exploração da cachoeira de Paulo Afonso, com um projeto prevendo a construção de uma usina piloto de 5Mw para auxiliar a construção de uma grande usina capaz de resolver o déficit energético do Nordeste. Não tardou Apolônio Salles, a receber de um grupo de economistas sulistas apoiados pelas correntes políticas então dominantes no país, forte pressão, “defendendo a tese de que os novos empreendimentos de geração de energia elétrica deveriam ser realizados no sudeste, onde a demanda era maior e já vinha ocorrendo racionamento”. Não desistiu. Vai ao Estados Unidos, e traz valiosas informações sobre o Tennessee Valley Authority (TVA), primeiro órgão governamental norte-americano de desenvolvimento regional.

Elaborou um anteprojeto de criação, levando-o ao presidente Getúlio Vargas, que não apenas convencido, mas, também entusiasmado com os argumentos apresentados por Apolônio Salles, assina o Decreto de Lei nº 8031, de 3 de Outubro de 1945, autorizando a criação da Companhia Hidro Elétrica do Rio São Francisco (CHESF). O Ministério da Agricultura abre um crédito especial de duzentos milhões de cruzeiros para subscrição de ações e concede licença a CHESF, pelo prazo de cinqüenta anos, para efetuar o aproveitamento progressivo da energia hidráulica de São Francisco, entre Juazeiro(BA) e Piranhas(AL).

Apolônio Salles, como importante pessoa política, foi eleito e reeleito senador, sendo líder da maioria, vice-presidente e presidente do Senado Federal.

Oportuno relembrar os idos de julho de 1946, quando Apolônio Salles fez o lançamento oficial da campanha do aproveitamento da energia da Cachoeira de Paulo Afonso, a convite do Diretório Acadêmico de Agronomia da Escola Superior de Agricultura de Pernambuco, então presidido pelo Acadêmico Lindalvo Virginio de Faria, hoje, Membro da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica.

Inegavelmente, o visionário, o obstinado e o combativo Apolônio Jorge de Farias Salles, como técnico, educador e político merecem figurar eternamente na galeria dos benfeitores do Nordeste e do Brasil.

Pedras Pintadas: As Inscrições Rupestres de Paulo Afonso.

Através do trabalho do incansável amigo Juracy Marques alguns sítios arqueológicos de Paulo Afonso foram transformados em ponto de visitação turística.
a luta de Juracy Marques foi ferrenha contra os quebradores de pedras e contra o ministério público qaue não tinha atuação nessa área de preservação histórica.
por várias e várias vezes Juracy e a professora Cleonice Vergne foram ameaçados de morte por defender esse patrimônio brasileiro que estava sendo destruído para virar paralelepipedos para os calçamentos de nossa cidade e cidades circunvizinhas.
Hoje uma parte desses sítios foram transformados em atrativos turisticos, sendo mais uma vertente para quem deseja estudar ou conhecer o que há de especial nos caminhos hisatóricos de Paulo Afonso.
as inscrições são datadas entre 9.000 à 12.000 e para estão entre os povoados Rio do Sal, Malhada Grande, Lagoa da Pedra e Xingozinho. Um verdadeiro Museu a Céu aberto.



Desenhos em vários formatos estão gravados nas pedras.




animais registrados nos desenhos.



Pinturas intactas perduram por tantos anos.


A arte dos antepassados

as pedras são verdadeiros livros inscritos
a amiga Bruna Barros  observa os desenhos
Paulo Afonso: a Capital da Energia tem vários atrativos históricos e  culturais que   a tornam um dos mais fantásticos roteiros turísticos do Brasil.

sábado, 12 de novembro de 2011

Cangaceira Aristeia grava reportagem para alunos de Jornalismo



a cangaceira Aristeia Saores esteve hoje acompanahadas de filhos, nora, netos, amigos e uma equipe de jornalistas que estão fazendo um documentário sobre o cangaço, o local escolhido para entrevistar Aristeia foi a casa onde ela foi nascida e criada, no povoado Capiá da Igrejinha, Canapi, Alagoas.




sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Cangaceira Durvinha, Uma Saudade eterna II ( Na Poesia De Doroteu Ferreira)

 
SIMPLESMENTE FALAMOS DA HISTÓRIA DE DURVINHA E DO COMPAHEIRO JOÃO DE SOUSA LIMA, BRAVOS CANGACEIROS DO NORDESTE BRASILEIRO.

SAUDADE BATEU NO PEITO
MAIS ESCREVÍ COM CORAGEM
QUANDO ANDEI NAS VOLANTES
SEM POSSUIR CARRUAGEM
MEDITEI A VIDA INTEIRA
PRA FALAR DA CANGACEIRA
E DE SUA PERSONAGEM

UMA MULHER DE CORAGEM
DE GRANDE DISPOSIÇÃO
FOI UM TERROR AS POLICIAS
ARMADA DE MUSQUETÃO
AGACHADA NUM ABRIGO
TOPAVA QUALQUER PERIGO
COM SUA ARMA NA MÃO

JUNTO DO ESCRITOR JOÃO LIMA
ERA UMA DUPLA TEMIDA
QUANDO ENTRAVA NUMA LUTA
NÃO POUPAVA SUA VIDA
MIRAVA NA PONTARIA
QUEM TEIMAVA MORRERIA
DANDO ADEUS POR DESPEDIDA

DURVINHA FOI AGUERRIDA
NAS CAATINGAS DO SERTÃO
FOI AMIGA DE CORISCO
CHEGADA DE LAMPIÃO
MESMO ASSIM ERA DEVOTA
PARTICIPOU DA REVOLTA
DO PADRE CÍCERO ROMÃO

VESTIA BEM O GIBÃO
E BOTAS DE COURO CRU
BEBEU AGUA DE CAÇIMBA
E BATATA DE UMBÚ
COMEU CARNE DE JIBÓIA
SÓ DORMIA DE TIPOIA
NO SITIO MANDACARÚ


NO RIACHO DE ARIÚ
GOSTAVA DA EMBOSCADA
AINDA NENINA MOÇA
JÁ ERA BELA E AMADA
JUNTO A MARIA BONITA
ELA ERA A MAIS BENDITA
CANGACEIRA CONSAGRADA

TINHA A FACE DE UMA FADA
UMA MULHER IDEAL
VESTIA ROUPA DE MESCLA
TINHA CORPO ESCULTURAL
UM CINTURÃO DE FIVELA
MORENA COR DE CANELA
E NA CINTURA UM PUNHAL

ESCAPOU DE UM VENDAVAL
NO SERTÃO ALAGOANO
CERCADA PELAS VOLANTES
NÃO SEI PRECISAR O ANO
DEPOIS DO ATO FATAL
E DO MOMENTO FINAL
EM ANGICO SERGIPANO

SAUDADE ESTÁ MATANDO
TODA SUA PARENTELA
TUDO ESTÁ ARQUIVADO
COMO UM FILME NA TELA
DAQUELE TEMPO PASSADO
QUE O CANGAÇO ERA REINADO
DELES FICOU A CHANCELA

DOROTEU FERREIRA, 10 DE NOV DE 2011





quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Personagens do Cangaço da Região de Paulo Afnso

 Paulo Afonso foi uma das regiões mais visitada pelos cangaceiros e muitos remanescentes permaneceram ainda na região depois que o cangaço foi extinto.


Pedro Silvestre (o senhor com a bengala) foi um dos maiores coiteiros de Lampião. Ele residia no povoado Lagoa do Rancho e foi um dos que  enterrou o cangaceiro Sabiá, morto por Lampião

Arlindo Grande também foi  coiteiro e a residência dos seus pais foi um dos lugares onde eram realizados os famosos bailes do cangaço, no povoado Várzea.
o soldado volante Teófilo Pires do Nascimento foi um dos maiores perseguidores do cangaço e foi ele quem matou o cangaceiro Calais.
no centro da foto o senhor Antonio Chiquinho, construtor da Lagoa do Mel, local onde Lampião matou 16 soldados e nesse mesmo tiroteio perdeu seu irmão mais novo,  Ezequiel.
Antonio foi quem enterrou Ezequiel e depois foi forçado pela policia a desenterrá-lo. Faleceu  recentemente com 106 anos de idade residindo ainda no povoado Baixa do Boi.
 o soldao Antonio Calunga e Ozeias (irmão de Maria Bonita) dois remanescentes das lutas cangaceiras em Paulo Afonso.
o cangaceiro Alecrin.
Seu nome era Pedro Rimualdo e foi da volante, preso por Lampião foi salvo da morte pelo primo Ângelo Roqaue e foi forçado a ser cangaceiro.
Viveu sempre no seu local de origem: o povoado Sítio do Lúcio.