quarta-feira, 24 de julho de 2013

MORRE O CANTOR E COMPOSITOR DOMINGUINHOS: FENOMENAL ARTISTA BRASIELIRO

Artistas e autoridades lamentam morte do sanfoneiro Dominguinhos
Para parceiros musicais do cantor, nação nordestina ficou carente.
Músico deixa importante legado para a cultura brasileira.
Do G1 PE
Dominguinhos faleceu nesta terça (23), em São Paulo

Artistas lamentaram o falecimento do músico Dominguinhos, que morreu nesta terça-feira (23), aos 72 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele lutava havia seis anos contra um câncer de pulmão. De acordo com o hospital, o músico morreu às 18h em decorrência de complicações infecciosas e cardíacas.
A filha de Dominguinhos, a cantora Liv Moraes, disse que não vai falar com a imprensa neste momento e viaja ainda hoje para São Paulo. Ela estava no Recife para participar de um show marcado para quinta (25) em homenagem ao pai. A produção informou que o evento está confirmado e parte da renda arrecadada será enviada à família para ajudar nas despesas com velório e enterro.

Veja, abaixo, a repercussão de artistas sobre a morte de Dominguinhos:
Anastácia (cantora e compositora) - "Ele tem uma sensibilidade muito grande e sempre me inspirava a buscar, no fundo da minha alma, letras que pudessem preencher as melodias dele. A fusão do meu trabalho com o dele foi uma coisa super importante para a música, recheada de muito sentimento. Como parceiro, foi maravilhoso; como homem, foi o grande amor da minha vida. Acho que a gente só ama uma vez na vida e nessa minha passagem por aqui, fui contemplada com esses 12 anos de felicidade."
Banda Araketu - "Turma do ARA, hoje é um dia muito triste para a música brasileira. Dominguinhos nos deixou, mas deixou um legado."
Banda Calypso - "Hoje o céu está em festa ao som da sanfona de Dominguinhos, grande mestre! Nosso respeito e admiração a esse ser humano que encantou nosso país com seu talento, humildade e música".
Beth Carvalho (cantora, no vídeo ao lado) - “Ele era um grande compositor e uma grande pessoa. Ele honrou essa música nordestina maravilhosa”.
Cezzinha (sanfoneiro e herdeiro musical) - “Deus faz sempre o melhor. Eu estou abalado com a morte, mas feliz porque ele estava sofrendo muito. Dominguinhos era a prova viva de uma arte forte, que eu sempre respeitei e vou continuar mostrando. Ele dedicou toda a sua vida a ajudar às pessoas, e foi tudo em minha vida. Toquei a primeira vez com ele no meu aniversário de 14 anos e nunca mais nos separamos”.
Danilo Caymmi (cantor e instrumentista) - “Meu irmão [Dori] me contou uma história sobre Dominguinhos que fiquei impressionado. A Nana morava no Leblon e uma vez Dominguinhos foi até lá no apartamento dela mostrar aquela música, ‘Contrato de separação’. Acontece que quando ele terminou de tocar a música, o prédio todo aplaudiu. Foi uma coisa incrível, emocionante, ninguém esperava. Um compositor desse quilate, dessa riqueza melódica são muito difíceis de encontrar atualmente. Ele era um grande melodista. Eu acho que ele transcende o som, a música nordestina, ele tem uma sofisticação muito grande.”
Djavan (cantor e compositor) - "Dominguinhos é um músico extraordinário, que a gente ama desde sempre. O talento plural de ‪Dominguinhos permanecerá para sempre como uma das maiores referências da nossa música!"
Dori Caymmi (cantor e instrumentista) - “Fiquei muito triste com a morte dele. Esse era uma das exceções! Um dos músicos mais brilhantes do Brasil. Eu tive a sorte de trabalhar e de cantar com ele. Tem a história linda de quando ele foi mostrar 'Contrato de separação' pra Nana. Eu fiquei arrepiado, nunca vi coisa igual, foi inesquecível. O prédio inteiro aplaudiu. Eu que fiz o arranjo para a Elba Ramalho. Na época, quando fomos gravar no estúdio, eu coloquei uma nota que ia em outra direção na música. Ele veio, delicadamente, e me disse: 'Maestro, esse arranjo é lindo, mas esse acorde vai tirar o leite das crianças'. Eu aprendi uma lição neste dia, que às vezes é melhor você ficar dentro do ambiente da música do que botar uma coisa que não combine, só para ser moderno. Nesse dia aprendi uma lição inesquecível. As pessoas estão morrendo muito cedo. Já foi Tom Jobim, há pouco foi Emílio, agora ele. A coisa está feia. É muito difícil perder Dominguinhos, especialmente quando a música vai por um caminho tão feio e tão pouco brasileiro. Ele tocava com simplicidade e força que só esses grandes músicos do Nordeste conseguem. A vida não é muito justa com as pessoas, mas fica a saudade de Dominguinhos, um dos maiores compositores e acordeonistas que conheci. Sou absoluto fã."
Elba Ramalho (cantora) - "Lá se vai o meu amor, deixando uma grande saudade... Dominguinhos, eterno amor, amizade sincera. Meu coração chora a morte do amigo querido. Rezando por ti, querido!".
Eduardo Campos (governador de Pernambuco) - "Dominguinhos expressou como ninguém a alma nordestina. Suas canções e sua criatividade genial constituem para sempre parte fundamental da cultura brasileira. Em nome do povo de Pernambuco, do meu próprio e da minha família, quero manifestar o meu pesar e a minha solidariedade à família e aos amigos deste grande brasileiro".
Fagner (cantor e compositor, no vídeo ao lado) - “Dominguinhos foi um parceiro muito próximo na minha vida artística e pessoal, um cara muito amigo. Quando ia a Fortaleza, frequentava a minha casa, mesmo quando eu não estava. Ele chegava todo carinhoso, me chamava de Raimundo, coisa de irmão mesmo. Ele está presente na minha carreira desde o meu primeiro disco, gravamos ‘Último pau de arara’, que tem tudo a ver com a nossa história, de nordestinos. Tocou na minha banda, depois tocou com muita gente e ainda continuava produzindo. Gravei com ele ‘Pedras que cantam’, que foi um grande sucesso. Ele sempre me ligava, cantava músicas novas por telefone e eu me emocionava muito porque tinham muita sensibilidade, era um compositor incrível. Ano passado, toquei com ele na inauguração do novo prédio da Assembléia [Legislativa] do Ceará, e eu sabendo que ele já não estava bem, gravei tudo e devo lançar em DVD este ano em homenagem a ele. Foi a nossa despedida”.
Flora Gil (produtora e mulher do cantor Gilberto Gil) - "E mais um link da gravação de Gilberto Gil e o nosso querido e eterno Dominguinhos", citando um trecho da gravação do DVD "Fé na Festa", do baiano.
Genival Lacerda (cantor) - "Que Jesus, que Deus, que Nossa Senhora da Conceição, tenha você lá em cima e bem feliz e bem alegre, porque Deus sabe o que faz e a gente não sabe o que diz".
Geraldo Alckmin (governador de São Paulo) - "Meus sentimentos aos familiares e amigos do Dominguinhos, que faleceu aos 72 anos no início desta noite em São Paulo".
Geraldo Julio (prefeito do Recife) - "O Nordeste vai dormir mais triste hoje sem a sanfona de Dominguinhos. Um dos maiores representantes do nosso talento e da nossa capacidade de lutar. Em nome do povo do Recife, cidade que Dominguinhos declarou ser apaixonado em forma de música, quero lamentar sua passagem e oferecer nossa solidariedade aos familiares e amigos".
Guadalupe Mendonça (ex-mulher) - "Nos três últimos dias, a infecção não estava cedendo. Eu acompanhei tudo e falei 'estou aqui, estou aqui'. Ele abriu os olhos, ficou olhando para mim e eu agradeci toda a experiência fantástica que vivi, de 40 anos ao lado dele. Tudo de bom que ele me ensinou, tudo de bom que ele me deu, meu neto, minha filha maravilhosa. Falei que ele era muito amado, não só por nós, mas por todo o povo brasileiro, em especial a nação nordestina. Ele foi em paz, porque não estava dando mais."
Isaías Régis (prefeito de Garanhuns, PE, cidade-natal de Dominguinhos) - “O mestre Dominguinhos era dono de uma simplicidade e humildade cativante. Conversava com todos, recebia a todos, ouvia a todos. O nosso Dominguinhos nunca esqueceu as suas raízes e sempre exaltou ser filho de Garanhuns, inclusive manifestando o desejo de ter seu descanso final nesta terra. Dominguinhos cantou Garanhuns por onde passou e com a sua partida Garanhuns perde um filho muito querido, que será sempre lembrado por todos nós.”
Ivete Sangalo ‏(cantora) - "Vá em paz Dominguinhos. Sentirei saudade do seu sorriso, mas vc é maravilhoso e nos deixou a sua música…"
Jorge de Altinho (cantor) - "Dominguinhos era aquela pessoa. Aquele gênio e aquela simplicidade ao mesmo tempo. Fiquei muito triste e alegre, ao mesmo tempo, porque ele deixou um legado, um aprendizado muito grande, não só musicalmente falando, mas também como pessoa. Os seus ensinamentos, a gente vai guardar no coração".
Karina Buhr ‏(cantora) - "Mestre, agora a gente que chora. DOMINGUINHOS, preciosidade dessa vida!! E das outras vidas...".
Marina Elali (cantora) - "Acabei de receber a triste notícia de que o nosso mestre Dominguinhos nos deixou. Meu coração está triste. A música brasileira também. Vamos rezar por ele, pela família. Obrigada por tudo, meu mestre e amigo Dominguinhos. Descanse em paz. Você iluminou muitas vidas através da sua música, do seu jeito especial de ser. Tive a sorte de conhecer você, cantar com você, aprender com você. Obrigada".
Marta Suplicy (ministra da Cultura) - "Perdemos Dominguinhos. Um dos mais talentosos músicos populares que o Brasil já teve, ilustre representante da Cultura do Nordeste. Soube manter o legado de Luiz Gonzaga, do qual foi o principal herdeiro, e também construir um caminho próprio, dos mais belos, tornando a sua contribuição inestimável".
Nana Caymmi (cantora) - “A dor que eu sinto é porque tive um convívio muito grande com ele, há muitos anos fui apresentada a ele. É uma pessoa iluminada, uma pessoa boa. Se você olha no rosto, é aquele nordestino preocupado com a seca, preocupado com as coisas daquele lado tão sofrido do país, que a gente não tem noção. Perdeu-se, não vai voltar mais, foi ao vento. A coisa mais bonita foi quando ele me deu 'Contrato de separação'; foi uma das coisas mais importantes da minha vida. Ele tocou o acordeão dele no meu apartamento, me apresentando a música e o prédio inteiro aplaudiu. Dentro da minha sala estávamos eu, Dori [Caymmi] e Domiguinhos e, de repente, acontecem esses aplausos estridentes. Agora já sei que é mais outra música que vou cantar chorando. Não tenha dúvidas de que a lembrança fica. Vai ser difícil eu não lembrar de Dominguinhos”.
Nando Cordel (cantor e compositor; com Dominguinhos, fez “De volta para o meu aconchego” e “Gostoso demais”) - “Eu o conheci quando batalhando em São Paulo fui mostrar uma música à esposa dele, que era cantora. Ela que sugeriu a parceria, e acabamos compondo naquele dia ‘Olha, isso aqui tá muito bom’. Foi daí que eu comecei minha carreira musical. Ele é um dos mais importantes instrumentistas".
Oswaldinho do Acordeon (instrumentista) - “Tínhamos um vínculo muito grande. Agora só ficou a saudade. Ele era um exemplo de humildade sem tamanho. Ele tinha o dom de tocar bem e ter o pé no chão”.
Petrúcio Amorim (cantor): "Dominguinhos era aquele cara que se você precisasse dele, a qualquer momento, ele estava para servir você. Eu fico assim pensando também no legado, né? No que ele deixou de bacana, suas músicas, a sua alegria em tocar sanfona, ou seu prazer... Tanto é que ele veio passar mal, veio se sentir assim depois de um momento que ele fez questão de fazer parte, da festa dos cem anos de Gonzaga. Foi para Exu e lá é que justamente piorou. Para você ver o tamanho do espírito que foi Dominguinhos".
Renato Borghetti (arcodeonista) - “É uma notícia muito triste. Falávamos dele antes da apresentação e, infelizmente, chegou essa informação. Não esqueço do que ele dizia, que era melhor uma nota bem colocada em vez de dez notas rápidas”, lembrou, antes de apresentação com Yamandu Costa, na noite de terça (23), em Porto Alegre (RS).
Roberta Miranda (cantora) - "Minha homenagem ao nosso querido Dominguinhos !! Tive o prazer de homenagear com a musica forrepeando Seu Domingos. ele tocou sua linda Sanfona e sorriu muito na frase (mas pra tocar este fole com tanto carinho... Tem que ser Dominguinhos )#triste"
Sandra de Sá (cantora) - "Dominguinhos!!!! O mundo está sem palavras!!!"
Santanna (cantor e compositor) - "Ele é considerado o maior sanfoneiro do mundo, e deixa a nação nordestina carente com essa partida. O mais importante é saber que ele deixa um grande legado na música, pois era um gênio na sanfona, explosivamente criativo, e tinha uma maneira de ser generosa, humilde e genial. Espero que geração de seguidores que ele deixou leve à sério o legado".
Solange Almeida (vocalista da banda Aviões do Forró) - "Há 3 anos entrei num avião e achei um jornal amassado e curiosamente peguei pra ler, e pra minha surpresa tinha uma entrevista de Dominguinhos e ele falava sobre mim...Em meio as palavras duras criticando o forró, ele me elogiou. Fiquei muito emocionada e feliz em saber que ele admirava meu trabalho e era meu fã. Meses após, nos encontramos em um show na Bahia e ele entrou no meu camarim dizendo assim: 'Vim conhecer a dona dessa voz maravilhosa'. Fiquei sem graça e agradeci tamanha gentileza. Ele me convidou pra cantar no palco dele, mas infelizmente tinha outro show, então eu retribuí o convite e ele prontamente pegou a sua sanfona e tocou a canção "MEU XODÓ" e  começamos a cantar. Ano passado repetimos a dose.. Infelizmente esse ano ele não abrilhantou os palcos do Brasil com toda a sua maestria. Ficou um vazio imensurável. Hoje, o céu está em festa e recebe mais uma estrela de primeira grandeza. Vá em paz, Dominguinhos"

Tato (vocalista da banda Falamansa) - “Poxa, para nós que trabalhamos com o forró pé de serra e buscamos levar a bandeira da cultura brasileira, ele era nossa grande base. Não só musical como de boas intenções, simplicidade e humildade. A maior influência viva que tive foi de Dominguinhos. Para nós, o aval de Dominguinhos sempre foi o maior selo de forró que a gente poderia ter. Tenho certeza que ele está num ótimo lugar, com tudo o que ele mais gostava e uma sanfona no peito. Vai deixar saudades”.
Vanessa da Mata (cantora) - "Amado e talentoso Dominguinhos, que estava na cama de um hospital há muito tempo, sofrendo muito. Que Dominguinhos tenha o amor e a paz na mesma proporção da beleza e paz que suas canções nos proporcionam. Muito amor sempre. Que Deus te dê alívio e te guarde em paz".
Waldonys (sanfoneiro) - “Meu relacionamento com Dominguinhos era de uma amizade muito forte, que ia além da música, quase de pai para filho. Por ele, conheci Luiz Gonzaga. Fui morar nos Estados Unidos tocando sanfona, toquei com Fagner, Zé Ramalho, Marisa Monte, então, se eu sou algo musicalmente, consegui por causa dele. Por ser uma pessoa tão iluminada e grande, como ser humano, Deus decidiu ir tirando a vida dele devagarzinho para não ser cruel demais conosco”.
Yamandu Costa (instrumentista) - "Dominguinhos foi um dos maiores músicos que esse país já produziu, além disso uma pessoa de uma generosidade, de um coração fora do comum. A gente está triste, a nação musical brasileira está de luto profundo, mas com a certeza de que ele deixou uma obra linda, uma escola linda, comprometida com a verdade do Brasil, a música boa do Brasil, de raiz. Era um músico extremamente sofisticado, completo, de todas as formas possíveis. Que descanse em paz, a gente vai continuar tocando a obra dele, porque isso não termina aqui, sem dúvida. Eu o conheci com 15 anos, aqui em Porto Alegre. Ele sempre me acolheu muito bem, me ensinou tanta coisa, a maneira de tocar, de pensar na carreira, de olhar pro povo sempre. “Menino, toque coisas populares, nunca deixe o povo de lado, o povo é que é a nossa verdade”, isso ele herdou do Gonzagão, esse sentimento brasileiro bonito, simples. Esse carinho todo que ele tinha, a luz que ele tinha quando abria o fole... Ele tinha uma ligação com a música que era uma coisa assustadora, e de uma forma tão despretensiosa, como o sorriso de um recém-nascido. A maneira que ele tinha de lidar com a música era uma ligação direta com a arte, com o fazer bem, com o compartilhar. É isso que ele nos deixa, uma lição de vida, uma lição de amor".

Zezé Di Camargo e Luciano (cantores) - "Adeus mestre Dominguinhos!!! Nosso respeito e admiração a esse homem que encantou o Brasil com sua humildade e seu talento!".

Morreu nessa madrugada de 24 de julho de 2013 o Ex-Cangaceiro Candeeiro.


 

 

Morreu nessa madrugada de 24 de julho de 2013 o Ex-Cangaceiro Candeeiro.

 

Manoel Dantas Loyola foi o cangaceiro candeeiro e um  dos sobreviventes do combate da Grota do Angico. Nascido em Buíque, Pernambuco. Ingressou no bando de Lampião em 1937, mas afirma que foi por acidente. Trabalhava em uma fazenda em Alagoas quando um grupo de homens ligados ao famoso bandido chegou ao local. Pouco tempo depois, a propriedade ficou cercada por uma volante e ele preferiu seguir com os bandidos para não ser morto.  Candeeiro era aposentado e vivia na vila São Domingos, distrito de sua cidade natal. Apelidado por Seu Né. No primeiro combate com os "macacos", Candeeiro foi ferido na coxa. "Era muita bala no pé do ouvido", lembra. O buraco de bala foi fechado com farinha peneirada e pimenta.

 

CANDEEIRO diz que, nos quase dois anos que ficou no bando, tinha a função de entregar as cartas escritas por Lampião exigindo dinheiro de grandes fazendeiros e comerciantes. Sempre retornava com o pedido atendido. Ele destaca que teve acesso direto ao chefe, chegando a despertar ciúme de Maria Bonita. Em Angicos, comentou que o local não era seguro.

"Desci atirando, foi bala como o diabo .". Mesmo ferido no braço direito, conseguiu escapar do cerco".

Dias depois, com a promessa de ser não ser morto, entregou-se em Jeremoabo, na Bahia, com o braço na tipóia. Com ele, mais 16 cangaceiros. Cumprindo dois anos na prisão, o Candeeiro dava novamente lugar ao cidadão Manoel Dantas Loyola. Sobre a época do cangaço, costuma dizer que foi "história de sofrimento". Mas ainda é possível perceber a admiração por Lampião.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

O CANGAÇO SERÁ TEMA DEBATIDO EM PIRANHAS, ALAGOAS.

 PROGRAMAÇÃO


Dia 26 de Julho de 2013 – sexta-feira – Piranhas / Alagoas
Local : Centro Cultural Miguel Arcanjo
16:00 h –  Abertura da Semana do Cangaço – Homenagem ao escritor Alcino Alves Costa
16:20 h –  Palestra : Roteiros Integrados do Cangaço
                 Palestrante: João de Sousa Lima – Pesquisador ,Escritor e Biografo de Maria Bonita  ligado a Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço
17:00 H – Intervalo
17:10 h – Palestra : O Amor no Cangaço
          Palestrante : Juliana Ischiara – pesquisadora do Cangaço
17:40 h – Debate
8:20 h – Exibição do documentário de Aderbal Nogueira .
18:40 h – Apresentação  cultural
19:20 h – Encerramento
Dia 27 de Julho de 2010 – sábado
- MANHÃ LIVRE PARA VISITAS
PALESTRAS
Local : Centro Cultural Miguel Arcanjo -   Piranhas / AL
15:00 h –  Palestra : Caminhos do São Francisco : De Pedro II a Lampião
                 Palestrante: Jairo Luiz Oliveira – Pesquisador do Cangaço, idealizador da Rota do Cangaço Xingó e do Roteiro Turístico Integrado Caminhos do Imperador
15:40 h – Intervalo
15:50 h – Palestra :  A Polêmica e Intrigante Genialidade de Virgulino Lampião
               Palestrante :; Manoel Severo – Pesquisador e Curador do Cariri Cangaço
16:20 h – Debates
17:00 h – Exibição do filme  “ Gato : Um Cangaceiro de Lampião” de João de Sousa Lima
17:30 h – Apresentação cultural : Peça de teatro “ A invasão de Gato em Piranhas” pelo grupo Estrelas do Sertão
18:00 h – Encerramento
Dia 28 de Julho de 2010 – domingo

 08:00 h – Saída para Angico – Missa do Cangaço
Local de embarque : Porto de Piranhas/AL
11:00 h – Apresentação da peça teatral “ Lampião Moderno” com grupo Estrelas do Sertão
11:30 h –Forró pé de serra com Trio Canoa de Tolda.
13:00 h – Retorno
a histórica cidade alagoana e o cangaço
joão de sousa lima será um dos palestrantes em Piranhas.
o cangaço debatido em Piranhas.

o museu do cangaço merece ser visitado.

a bela cidade ribeirinha

os matadores de lampião

os matadores do cangaceiros na grota do angico

Lampião e seu grupo dizimado

a história do cangaceiro Gato será exibido em filme


quinta-feira, 18 de julho de 2013

TV BRASIL REALIZA PROGRAMA EM PAULO AFONSO

     
     A cidade de Paulo Afonso foi uma das cidades nordestinas escolhidas pela TV BRASIL para fazer parte de um documentário sobre o turismo. Os  Roteiros Integrados com outras cidades circunvizinhas foram bem explorados.
O programa !CAMINHOS DA REPORTAGEM" irá ao ar dia 29 de agosto de 2013, ás 22,00 hrs.
    A equipe passou três dias baseada em Paulo Afonso. A jornalista Carina Dourado, o cinegrafista Osvaldo e o técnico Alexandre ficaram encantados com nossa cidade e ficaram de retornar com uma  pauta exclusiva sobre a cidade de Paulo Afonso.
Carina entrevistando o historiador João de Sousa Lima

TV BRASIL: PROGRAMA CAMINHOS DA REPORTAGEM




quarta-feira, 3 de julho de 2013

CENTENÁRIO DE JOÃO GOMES DE LIRA: NAZARÉ COMEMORA E HOMENAGEIA UM GRANDE VULTO NORDESTINO

o Historiador João de Sousa Lima e João Gomes de Lira
    Nazaré do Pico, Floresta, Pernambuco, comemora o centenário de João Gomes de Lira .
    João Gomes foi um dos grandes combatentes do cangaço, fez parte da volante dos famosos "Nazarenos".
O evento acontecerá dia 13 de julho de 2013.
Haverá uma mesa redonda no Clube Recreativo, as 14:00 hs com os palestrantes:

João de Sousa Lima (Paulo Afonso-Ba)
Antonio Vilela (Garanhuns-Pernambuco)
Paulo Moura (Recife-Pernambuco).

As 17:00 hs será inaugurado um busto em homenagem ao João Gomes.
as 19:00 hs acontecerá uma missa e as 22:00 hs o encerramento terá uma festa na praça.
Centenário d João Gomes de Lira

João Gomes de Lira com sua farda que tanto honrou. 

terça-feira, 2 de julho de 2013

MEMORIAL DA BATALHA DE JENIPAPO

BUSTO NA ENTRADA DO MEMORIAL DE JENIPAPO
      Durante minha estadia em Teresina para participar do Salão do Livro do piauí, o amigo Wilson Seraine me proporcionou alguns momentos inesquecíveis, conhecemos alguns museus e um dos momentos mais marcantes foi conhecer o Memorial da Batalha de Jenipapo.
     O memorial fica ao lado do cemitério onde foram assassinados e enterrados vários sertanejos que lutaram nessa batalha.
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PARA ENTENDER UM POUCO MAIS DA HISTÓRIA:


A Batalha do Jenipapo  foi um confronto entre partidários da independência brasileira e a resistência portuguesa, que procurava evitá-la, ocorrida no dia 13 de março de 1823, às margens do riacho de mesmo nome, localizado na região do atual município de Campo Maior, na província do Piauí. Ela é considerada fundamental no  processo de independência e consolidação do território brasileiro.
Além da população do Piauí, maranhenses e cearenses participaram do levante popular contra as tropas lideradas pelo Major João José da Cunha Fidié, que desejavam manter a região sob domínio lusitano e sufocar os movimentos de independência. O embate pode ser visto como um dos momentos chave da adesão da província piauiense ao processo emancipatório brasileiro.
Com o retorno de D. João VI a Portugal a independência foi oficialmente proclamada a 7 de setembro de 1822, pelo príncipe regente Dom Pedro I em São Paulo, às margens do rio Ipiranga, no entanto,o gesto não representou a integração de todas as províncias do país.
Com a intenção de impedir crescimento das idéias separatistas, o governo português enviara desde 1821 para o Piauí o veterano das guerras napoleônicas, major Fidié. A intenção era manter a província ligada a Portugal e estabelecer com o Maranhão e Grão-Pará uma área de domínio lusitano.
Após a declaração da independência do Piauí feita a 19 de Outubro de 1822, em Parnaíba, o comandante português reúne suas tropas e parte de Oeiras em direção à Parnaíba, a 13 de novembro, para combater os emancipacionistas liderados por Francisco Inácio da Costa, José Francisco de Miranda Osório, José Marques Freire, Luís de Sousa Fortes Bustamante Sá e Menezes, Simplício José da Silva, Luis Rodrigues Chaves, João da Costa Alecrim, José Antônio da Costa Cardoso e Alexandre Nery Pereira Nereu.
Fidié chega a Campo Maior e, no dia 13 de março de 1823, pela manhã, onde tem início a batalha entre suas tropas bem armadas e experientes e brasileiros sem treinamento militar, utilizando paus, pedras e outros materiais de pouco poder ofensivo. Devido a superioridade bélica, o que se viu à beira do Jenipapo foi um massacre. Mesmo com a derrota do movimento popular, a Batalha do Jenipapo tornou-se decisiva para afastar o major João José da Cunha Fidié do Piauí e consolidar a independência e a unidade territorial do Brasil. Enfraquecidas, as tropas fiéis à coroa seguiram para Caxias, no Maranhão, onde foram derrotadas por piauienses, maranhenses e cearenses, a 31 de julho de 1831.
A Batalha do Jenipapo é um capítulo fundamental no processo de consolidação do território nacional e a data do acontecimento passou a ser estampada, a partir de 2005, após aprovação da Assembléia Legislativa do Piauí, na bandeira do estado.


João e Jadilson no Memrial de jenipapo

algumas armas do Memorial de Jenipapo

detalhes de uma arma exposta no Memorial de jenipapo

Wilson Seraine e Joião visitando o Museu da Batalha de jenipapo

cemitério dos combatentes de jenipapo

Placa 

Homenagem aos combatentes de jenipapo