sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Lançamento de livro de Antonio Galdino foi um grande sucesso.

   Paulo Afonso viveu um grande  momento cultural com o lançamento do livro do professor e escritor Antono Galdino. O CPAzinho ficou lotado de amigos, estudantes, professores, familiares e autoridades civis e militares, que compareceram para prestigiar esse mais novo lançamento literário da cidade.
o livro conta histórias e fatos que marcaram a vida politica da cidade, assim com também homenageia vários pioneiros, pessoas que deixaram suas contribuições para o desenvolvimento e o progresso de Paulo Afonso.
parabéns a todos que prestigiaram o evento.
















quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

João de Sousa Lima em entrevista para o Site ACERTE PAULO AFONSO



A exploração do cangaço em Paulo Afonso - grande potencial
18 de fevereiro de 2014
Na última quinta feira conversamos com o escritor João de Sousa Lima, um pesquisador do cangaço que reside aqui na cidade e está com 10 anos que publicou seu primeiro livro relacionado ao tema: Lampião em Paulo Afonso. Esse livro foi republicado no ano passado juntamente com o livro de Angiquinho: 100 anos de História (o Rio São Francisco, Delmiro Gouveia e a CHESf), esse em parceria com Antonio Galdino.
 João nos falou que o esse interesse na pesquisa foi iniciado a partir de uma provocação do professor Edson Barreto que lecionava na zona rural e ouvia sempre relatos da passagem de lampião e outros cangaceiros na região. Depois Gloria  Lira, diretora da biblioteca, montou uma equipe para pesquisar e registrar a pesquisa para que servisse aos alunos da cidade, pois na biblioteca haviam poucos fatos a respeito do cangaço, as pessoas procuravam e não encontravam material para pesquisa. A partir daí, formaram um grupo e foram em busca dos cangaceiros ainda vivos e, segundo ele, com sua moto, percorreu mais de 12 mil quilômetros em busca dessas informações. Essas viagens lhe renderam um material riquíssimo em histórias gravadas tanto em áudio quanto em vídeo e fotografias.
 Um dos focos principais do escritor é a história de Maria Bonita e a entrada da mulher no cangaço o qual já publicou 3 livros com esse tema.
 O trabalho que mais lhe rendeu popularidade foi o livro Moreno e Durvinha: Sangue, amor e fuga no cangaço. Esse trabalho de pesquisa foi transformado em longa metragem e ganhou diversos prêmios tanto no Brasil como no Canadá, EUA, Venezuela, Chile. É uma história de amor iniciada no cangaço que resistiu as dificuldades de se andar à margem da lei. O casal de cangaceiros foi encontrado por João de Sousa Lima depois de ficarem 66 anos escondidos em Minas Gerais. Eles guardaram o segredo por muitos anos, mas que foi revelado a tempo de ser registrado da maneira como a história merece, ouvindo os relatos dos próprios participantes.

João já publicou 12 livros sendo 06 relacionados ao cangaço. Um tema que tem possibilidades de gerar muita receita para quem explora a atividade. Tanto no que se refere ao turismo, à dança, à arte, xilogravura, cordel, cinema, artesanato, quanto a própria história que tem sua marca no nordeste e uma boa parte dela aconteceu na cidade de Paulo Afonso.

João de Sousa Lima apresentou em São Paulo, no Salão de Turismo, os Roteiros do Cangaço.  Infelizmente esses roteiros não são explorados como deveriam. Aqui na nossa cidade existem 05 roteiros exploráveis (em um mesmo roteiro, existe 2 possibilidades), de fácil acesso e apenas um deles é reconhecido e explorado. São eles:
 CASA DE MARIA BONITA - A casa fica situada no povoado Malhada da Caiçara, distante da sede do município 37 km. No trajeto, na altura do km 18, no povoado Baixa do Boi, encontra-se o ponto conhecido como Lagoa do Mel, local onde morreu Ezequiel Ferreira, irmão mais novo de Lampião e ainda à esquerda da Serra do Umbuzeiro, encontra-se a Casa de Dona Generosa, sendo ela uma das maiores coiteiras de Lampião e dona de um magnífico patrimônio com 04 casas e uma capela, local onde Lampião realizava os famosos bailes. Em frente à casa de Generosa pode-se ver ainda a cruz de Zé Pretinho, coiteiro assassinado pela volante policial.

POVOADO VÁRZEA – No povoado Nambebé onde nasceram os cangaceiros Bananeira e Medalha e foi um dos grandes coitos de Lampião, o povoado Macambira onde aconteceu a prisão do cangaceiro Passarinho, o povoado Alagadiço, o povoado Serrote local onde Lampião matou o jovem João de Clemente, o povoado Lagoa do Rancho local onde Lampião matou o cangaceiro Sabiá depois que esse estuprou uma moça chamada Rita de 15 anos de idade, por último chega-se na Várzea povoado que é entrada pro Raso da Catarina. A Várzea foi um dos maiores coitos de Lampião e a casa de Aristeia, onde os cangaceiros realizavam os bailes, ainda encontra-se em pé e o coiteiro Arlindo Grande é uma das fontes de informações das histórias daquele tempo. 

  • CASA DA CANGACEIRA LIDIA -  No povoado Salgadinho encontrando-se a casa onde nasceu a cangaceira mais bonita do cangaço, a Lídia, de Zé Baiano e ainda a casa do coiteiro João Garrafinha, no povoado Juá, local onde houve o maior contingente de jovens para o cangaço, na região, podendo se ver ainda os escombros da casa de João Lima, morto a pauladas, pela volante policial, como sendo coiteiro de Lampião.

  • CASA DA CANGACEIRA DURVINHA - No povoado Arrasta pé, local onde foi um dos maiores coitos de Lampião e seus seguidores e de onde saiu uma das cangaceiras mais famosas, a Durvalina Gomes de Sá, conhecida pela alcunha de Durvinha e que veio a falecer em junho de 2008. no povoado Santo Antonio, onde se encontra a casa do senhor Argemiro, local onde Lampião almoçou por quatro vezes, existindo ainda, na frente da residência, um frondoso tamarindeiro que serviu de abrigo para os cangaceiros. o povoado São José onde foi também um dos grandes coitos de cangaceiros, o povoado Riacho onde se pode desfrutar da gastronomia típica nordestina, saboreando a famosa carne de bode.

O projeto de João é publicar mais 02 livros para encerrar a parte literária de pesquisa sobre o cangaço na região. Lançará em breve um livro que abordará a ligação de Lampião e os coronéis baianos, focando nos coronéis Petronilio de Alcântara Reis ( Santo Antonio da Glória)  e João Sá (Jeremoabo). O outro será uma viagem fotográfica pelo cangaço, mostrando fotografias dos coitos, coiteiros, vestimentas, armamentos, cangaceiros, soldados de volantes. “Esses 2 livros que  trabalho no momento deixará minha contribuição nessa área, mais confesso que  já estou ficando triste desde agora por ter que acabar, mas tenho em torno de 80 à 120 horas de depoimentos filmados.... isso dá uns 20 documentários. Pretendo ainda contar a passagem de Lampião por nossa cidade em um desses vídeos. ” Afirma o historiador João de Sousa Lima.
 Sua trajetória de pesquisas no cangaço contou em certos momentos com a colaboração e participação de vários amigos como o Professor Edson Barreto, Gilmar Teixeira, Rubinho Lima, Marcus Vinicius, Juracy Marques, Antonio Lira, Paulo Antonio,  Felipe Marques, Marcos Passos, Haroldo Santos, Osvalny lima, Antunes “Gaúcho”, Ivan Caetano e Luiz Rubens.
  
Por Ana Paula Araujo
contato@acertepauloafonso.com.br
Fotos: Klycinha nascimento




segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

o cangaço na visão de Aldemir Martins

  Um dos artistas que mais representou o cangaço foi o Aldemir Martins.
seus quadros são muito valorizados e procurados por colecionadores do Brasil e do mundo.

Aldemir Martins (Ingazeiras CE 1922 - São Paulo SP 2006)

Pintor, gravador, desenhista, ilustrador.
O artista plástico Aldemir Martins nasceu em Ingazeiras, no Vale do Cariri, Ceará em 8 de novembro de 1922. A sua vasta obra, importantíssima para o panorama das artes plásticas no Brasil, pela qualidade técnica e por interpretar o “ser” brasileiro, carrega a marca da paisagem e do homem do nordeste.
O talento do artista se mostrou desde os tempos de colégio, em que foi escolhido como orientador artístico da classe. Aldemir Martins serviu ao exército de 1941 a 1945, sempre desenvolvendo sua obra nas horas livres. Chegou até mesmo à curiosa patente de Cabo Pintor. Nesse tempo, freqüentou e estimulou o meio artístico no Ceará, chegando a participar da criação do Grupo ARTYS e da SCAP – Sociedade Cearense de Artistas Plásticos, junto com outros pintores, como Mário Barata, Antonio Bandeira e João Siqueira. 
Em 1945, mudou-se para o Rio de Janeiro e, em 1946, para São Paulo. De espírito inquieto, o gosto pela experiência de viajar e conhecer outras paragens é marca do pintor, apaixonado que é pelo interior do Brasil. Em 1960/61, Aldemir Martins morou em Roma, para logo retornar ao Brasil definitivamente. 
O artista participou de diversas exposições, no país e no exterior, revelando produção artística intensa e fecunda. Sua técnica passeia por várias formas de expressão, compreendendo a pintura, gravura, desenho, cerâmica e escultura em diferentes suportes. Aldemir Martins não recusa a inovação e não limita sua obra, surpreendendo pela constante experimentação: o artista trabalhou com os mais diferentes tipos de superfície, de pequenas madeiras para caixas de charuto, papéis de carta, cartões, telas de linho, de juta e tecidos variados - algumas vezes sem preparação da base de tela - até fôrmas de pizza, sem contudo perder o forte registro que faz reconhecer a sua obra ao primeiro contato do olhar. 
Seus traços fortes e tons vibrantes imprimem vitalidade e força tais à sua produção que a fazem inconfundível e, mais do que isso, significativa para um povo que se percebe em suas pinturas e desenhos, sempre de forma a reelaborar suas representações. Aldemir Martins pode ser definido como um artista brasileiro por excelência. A natureza e a gente do Brasil são seus temas mais presentes, pintados e compreendidos através da intuição e da memória afetiva. Nos desenhos de cangaceiros, nos seus peixes, galos, cavalos, nas paisagens, frutas e até na sua série de gatos, transparece uma brasilidade sem culpa que extrapola o eixo temático e alcança as cores, as luzes, os traços e telas de uma cultura. 
Por isso mesmo, Aldemir é sem dúvida um dos artistas mais conhecidos e mais próximos do seu povo, transitando entre o meio artístico e o leigo e quebrando barreiras que não podem mesmo limitar um artista que é a própria expressão de uma coletividade. 
Faleceu em 05 de Fevereiro de 2006, aos 83 anos, no Hospital São Luís em São Paulo.






quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

João de Sousa Lima cede entrevista à TV UESB - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

João de Sousa Lima cede entrevista a TV UESB
     A UESB  - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia,  realizou entrevista com o Escritor e Historiador João de Sousa Lima.
    No momento foi apresentado os livros do escritor que também falou dos roteiros turísticos  de Paulo Afonso e da importância de  divulgar os fatos históricos acontecidos na região e preservar a cultura nordestina.
   Em data a ser definida o historiador estará lançando seus livros em Vitória da Conquista, Bahia e em Jordânia, Minas Gerais.
João fala da importância de se preservar a cultura nordestina.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

João de Sousa Lima visita Casa do Cordel, do professor Antônio Andrade Leal

Andrade Leal e João de Sousa Lima
      Em Vitória da Conquista um dos espaços culturais referenciais da cultura nordestina fica na residência do professor Andrade Leal, que tem uma das maiores coleções de cordéis do Brasil.
  Andrade Leal tem vários projetos culturais nas universidades e escolas públicas realizando mostras culturais, palestras, produção do Jornal Cancão de Fogo, possui também o blog Luz de Fifó.
Tanto o jornal quanto o blog que são destinados a cultura popular nordestina  é em parceria com o jornalista Aílton Fernandes.
    Andrade possui um rico acervo de cordéis e de xilogravuras  para divulgar e comercializar.
contato: (77) - 8812-1120. - 9103-2291

Andrade Leal mostrando seu material

peças antigas agregadas ao Museu do cordel









segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

JOÃO DE SOUSA LIMA E SUAS PRODUÇÕES LITERÁRIAS

Lampião em Paulo Afonso - 1ª edição.
     As pesquisas e entrevistas realizadas com árduo trabalho de campo resultou em algumas obras literárias e alguns documentários em vídeos.
   A pesquisa começada há 18 anos me fez colher um vasto material em áudio, fotografias,livros, centenas de horas de depoimentos, muitas viagens, entrevistas e palestras.
De todo esse processo a parte que mais trouxe satisfação foi a amizade construída e poder ouvir as histórias dos próprios remanescentes do cangaço.

Maria Bonita - 1ª edição...

Museu Casa de Maria Bonita

Moreno e Durvinha

Maria Bonita - 2ª edição

Lampião em Paulo Afonso - 2ª edição

Angiquinho: 100 anos de História (co-autor)

No Silêncio do Ocaso - 2[ edição

No Silêncio do Ocaso - 1ª ed.

Ecologias de homens e mulheres no smi-árido (co-autor)

as Caatingas - (co-autor)

ecologias do São francisco - (co-autor)

Na Mala do Poeta - (co-autor)

Na Mala do Poeta 2- (co-autor)

Centenário de Luiz Gonzaga
Maria Bonita: Diferentes contextos