terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Aristeia: Preciso lembrar-me dela assim


Preciso lembrar-me dela assim

Passou em minha vida feito um raio, rápido, clareando forte, facho de luza incandescente, marcante, inconfundível, esse raio era uma garota, ela foi assim, chamava-se Aristeia Soares de Lima, uma menina que conheci já beirando os 100 anos de vida; Acostumamos-nos em tal magnitude que só em ouvir as vozes distinguíamos entre tantos: Vivemos um grande amor, um amor de amigos, de irmãos.
Como raio luminoso que passou rápido, cortando o tempo, nosso tempo, ela deixou na retina dos meus olhos um “Encadeamento Eterno”, luz daquelas que passam deixando sua claridade feito tatuagem na pele que não se apaga.
Ela se foi na imensidão, cruzou meu espaço e sumiu, sem antes clarear, com sua luz seguia um sorriso, a bondade, o carinho, seus beijos doces acompanhados sempre de um tímido sorriso de felicidade que a todos contagiava.
Mais os raios da vida as vezes apagam, deixam de iluminar nossas vidas, eles adormecem no desconhecido dos nossos sonhos: Minha amiga passou, sua luz ficou opaca, perdeu brilho, flama pequena na caverna escura da minha alma. A tristeza pode-se dizer  é a parte escura  da luz da existência.  
A lembrança de tua imagem  vem sempre acompanhada de um filete de luz, então lembrarei de você assim: Luz que não se apaga, sorriso no rosto, nossos momentos, as viagens, o cansaço dos longos trajetos e mesmo assim um sorriso sempre marcante e quando nos apartávamos por alguns instantes vinha sempre a cobrança: “ CADÊ JOÃO”?
Tivemos segredos trancados no cofre da leal amizade e até hoje dou risadas lembrando sua observação quase advertência: João tira fogo sem fuzil!
Preciso lembrar-me de você assim: Como raio luminoso que cruzou e clareou minha vida!
Sua luz deixou marcas, iluminou a alma, refletiu no coração. Brilho que ficou mesmo depois de tua partida. Agora entendo serem eternas as luzes da amizade, compreensão colhida nas lembranças dos bons momentos  que juntos transpusemos. Sua luz foi réstia dos fulgores celestes, divinais fachos que entram na essência do nosso amor de amigos. Foi bom te amar e lembrarei sempre dos teus meigos beijos e tentarei sempre entender como é que das árduas batalhas das caatingas pôde surgir tão extraordinária criatura. Sentirei saudades tua, sempre.
Mesmo nas tormentas, quando as penumbras do tempo forem atenuadas pela claridade dos raios, sei que estarás lá, clareando, dando visibilidade aos dissabores do coração, tu serás chama que arde, pois o AMOR é fogo que queima e não se vê. Tua luz permanecerá em mim feito tatuagem que não sai, será como chama que queima o pasto de minhas lembranças eternas, eu terei saudades tua, lembrarei teu beijo, tua imagem, teu sorriso.
Ela foi um raio que passou em FLASHS que eternizaram as imagens  no peito que guarda as lembranças dos amigos que amamos em nossas  existências.



3 comentários:

  1. Querido amigo João, não poderíamos esperar nada diferente de um coração como o seu. Parabens pela bela e justa homenagem à querida Aristéia.

    Severo

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  2. Bonita e merecida homenagem João,e obrigado por ter sido você o intermédiario de no dia 8 de Janeiro ter tido o privilégio de ter conhecido Aristéia.

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  3. PARABÉNS JOÃO PELO HISTORIADOR QUE É E POR QUE NÃO UM CANGACEIRO, POIS ENTRA DE CAATINGA Á DENTRO EM BUSCA DE LUZ DA NOSSA HISTÓRIA (NORDESTINOS), AS HISTÓRIAS DO CANGAÇO E SEUS PARTICIPANTES. SOU TAMBÉM UM INTERESSADO NO CANGAÇO, MOREI MUITOS ANOS EM PAULO AFONSO (BNH)E FOI LÁ QUE ENTREI NESSE FANTÁSTICO MUNDO. SUCESSO SEMPRE JOÃO !!!!

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