sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

1ª Cia. de Infantaria - soldado Sousa Lima, Nº 145 - 2º Pelotão de Fuzileiros: 36 anos depois.



   
 
                                36 anos depois de servirmos na 1ª Cia. de Infantaria, Eu, Jackson, Falcão, Laércio e Pereira nos encontramos para relembrarmos fatos vividos em nossa turma de 1983. foi esse ano o mais duro em instruções e também o mais marcante naquela companhia.
até hoje somos conhecidos como "A FAMOSA TURMA DE 83".

Muito me orgulha ter servido a minha Pátria e hoje além de exibir em minha sala o diploma de Honra ao Mérito, ainda tenho o Diploma de Amigo da 1ª Cia de Infantaria e amigo da 6ª Região Militar.
abaixo segue um pouco de história desse grupo e também da 1ª Cia. de Infantaria.

Paulo Afonso em 08 de fevereiro de 2019
João de Sousa Lima
Soldado Sousa Lima, Nº 145, 2º Pelotão de Fuzileiros.




                                  1ª CIA. DE INFANTARIA
36 ANOS DEPOIS.
“EM HOMENAGEM AO SOLDADO FALCÃO”


     A 1ª Cia. De Infantaria foi criada pela Portaria 54-47-Res, de 29 de abril de 1954, tendo como destino a região da Usina Hidrelétrica do São Francisco.
    Organizada em 07 de fevereiro de 1955, no quartel do 19º BC, tendo como Comandante nomeado o Capitão Teófilo Benedito Ottoni e incorporando 24 conscritos.
Em 25 de janeiro de 1957 embarcou para Paulo Afonso, o 1º contingente que deveria permanecer guardando as instalações da companhia, constituído por 01 3º sargento, 02 cabos e 10 soldados.
E 24 de fevereiro de 1958 assumiu o comando o Capitão Inf. Jayro Salgado Ramos.
Em 10 de abril de 58 o 1º Pelotão de Fuzileiros da 1ª Cia. Ind Fuzileiros desloca-se para Paulo Afonso, ampliando o efetivo da OM nessa região, comandada pelo tenente Geraldo Rodrigues dos Santos.
Em 01 de junho de 1958 a Companhia recebe autonomia Administrativa, ainda nas instalações do 19º BC.
Palavras do comandante da Companhia por ocasião da conquista de Autonomia Administrativa, publicadas no Boletim Interno nº 1 da Cia. Ind Fuzileiros:

“Meus camaradas”! A nossa Companhia vinha até agora, integrada ao 19º BC (Batalhão Pirará) oriundo, dessa unidade de elite do Exército Brasileiro, os ensinamentos fornecidos por sua oficialidade estudiosa e a experiência de uma longa existência, onde o passado histórico, pontilhado de grandes serviços prestados à Pátria é um repositório de exemplos de bravura, civismo e dedicação.
    D´agora por diante, marcharemos sós. O amor à Companhia demonstrado, mais uma vez, por todos, constituirá, de certo, força mais que suficiente para vencer, com equilíbrio e rapidez, as dificuldades iniciais da instalação.
    Soldados de Paulo Afonso!
    O majestoso São Francisco nos espera, para nos acolher em suas margens. “E naquele longínquo rincão brasileiro, a nossa companhia há de cumprir a missão que lhe foi confiada”.
Cap. Inf. JAYRO SALGADO RAMOS

    Em 03 de outubro de 1958, pela primeira vez como unidade independente, a companhia foi empregada na manutenção da ordem durante o pleito eleitoral nas seguintes localidades do interior da Bahia:
Cipó, Paulo Afonso, Glória, Ribeira do Pombal, Paripiranga e Cícero Dantas.
Em 01 de julho de 1960, a companhia desloca-se para Paulo Afonso, por rodovia, com todo seu efetivo, para ocupar sua sede definitiva, chegando ao destino às 18h e 30 minutos do dia 02 de julho.

      A 1ª Cia. De Infantaria participou e participa de várias ações sociais e na cidade e nas adjacências.
      A seleção anual dos novos conscritos dá a chance à juventude de ter acesso a um soldo como se fosse o primeiro salário e um primeiro emprego e, ainda, a oportunidade de servir ao seu país.
     Eu tive a oportunidade de servir o exército brasileiro na 1ª Cia de Infantaria, no ano 1983. Um ano que nunca esqueci. Todos comentam até hoje que foi o ano mais duro em termos de instruções. Por anos ficou e permanece a fama da “TURMA DE 83”.
Fui o soldado 145, Sousa Lima, do 2º Pelotão de Fuzileiros.
No ano de 2004, quando a 1ª Cia. de Infantaria completou 50 anos de história, a câmara de Vereadores de Paulo Afonso em parceria com a 1ª Cia de Infantaria trouxe o 1º comandante, o senhor Jayro Salgado Ramos e fizeram uma justa homenagem a esse valoroso militar.
O amigo e então vereador, presidente da câmara, Dr. João Lima, me convidou para participar da homenagem ao comandante Jayro e pude nesse dia falar pra ele da importância que era a 1ª Cia. pra essa região. Esse encontro ficou registrado em várias fotografias.
Dentre os tantos “Irmãos de Armas” lembro sempre de Jair, Ivo, Magno, Martins, Correia, Tavares, Silva, Humberto, Aldênio, Márcio, Henrique, Barbosa, Dimas, Jackson, Luiz Antônio, Sandes, Napoleão, Antônio, Medeiros, Hermany, Monteiro, Paulo Souza, Neves, Pionório, João, Donato, Hélio, Jorge, Carvalho, Soares, Iraildo, Arcanjo, Pedro Gomes, De Souza, Inocêncio, Arnaldo, Ramos, Varjão, Cleomir, Nivaldo, Melo, Cabral, Rivaldo, Paz, Leonel e principalmente de Lima (hoje subtenente) e Falcão.
Lima era do mesmo pelotão que eu e estávamos sempre juntos quando das instruções, dos esportes, marchas, acampamentos, ordens unidas e nos duros testes de sobrevivência.
Agora em 2014, quando completou 31 anos que servimos ao exército, reuni alguns amigos que fizeram parte da 1ª Cia. de Infantaria, no ano de 1983. Reunimo-nos eu, Barbosa, Correia, Donato, Lima, Salvador e Falcão.
Em uma tarde memorável relembramos fatos, revivemos histórias e celebramos a oportunidade de ter vivido essa página da história da 1ª Cia. De Infantaria.
     Nos esportes, sem sombras de dúvidas, o maior atleta foi o soldado Falcão. Ele era campeão em todas as modalidades. Um excelente esportista. Campeão em salto em altura, a distância, arremesso de pesos, futebol, voleibol e corrida. Era um guerreiro incansável nas instruções.
O sonho de Falcão era permanecer no exército, ser sargento, seguir carreira. O próprio comandante, o major Leonardo de Andrade, dizia que queria Falcão como sargento.
Infelizmente Falcão não pode realizar seu sonho. Por truculência de um sargento, teve uma pequena falha levada ao extremo de uma parte no livro de ocorrências que resultou em seu desligamento na 1ª baixa.
Falcão continuou sendo um dos grandes atletas da cidade, onde todos o conhecem por Paulão, jogador da seleção de Paulo Afonso por mais de 15 anos, campeão intermunicipal e campeão várias vezes, em todos os times que atuou.
Falcão foi sempre o encarregado de reunir os reservistas e todo ano, no dia 16 de dezembro, ele promove o encontro dos Irmãos de Armas.
No dia destinado aos reservistas Paulão se transforma no soldado Falcão e veste com orgulho e honra a farda Verde Oliva, marcha com fulgor, em passos firmes, pisando forte o chão da 1ª Cia. de Infantaria, chão que tantas vezes percorreu, como orgulhoso atleta e soldado, em ido ano de 1983.

João de Sousa Lima
Paulo Afonso, Bahia,

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