domingo, 25 de abril de 2010

Luiz Gonzaga Rei do Baião, o maior cantor do mundo



Luiz Gonzaga foi além do maior cantor do mundo, um homem à frente do seu tempo.

Toda cidade nordestina devia erguer uma estátua em homenagem a esse homem.

Como cantor assumiu por traje a indumentária do sertanejo: Gibão e Chapeu de Couro, sendo o último a referência mais íntima com os cangaceiros. Some-se a isso o sucesso adquirido e perpetuado nas grandes cidades brasileiras, principalmente Rio de Janeiro e São paulo. Voz Inconfundível e de um canto mavioso, timbre de uma sonoridade encantadora.

como exemplo de artista solidário cantou em troca de alimentação para ser distribuido entre os conterrâneos famintos e esquecidos pelos governantes. Doou dinheiro para creches e orfanatos e presenteou várias sanfonas com os artistas em princípio de carreira.

como ser humano foi grandioso, estava além de seu tempo, dezenas de anos à frente.

Tocou corações, trouxe nos aboios as emoções dos vagueiros, boiadeiros e tangerinos. Cantou a terra, a seca, a saudade, a chuva, os pássaros, a terra rachada, dias difíceis.

Cantou a solidão, o amor, o verde, a esperança.

Eternizou o Sertanejo-Nordestino, o gibão, o chapeu de couro, o aboio.

Luiz Gonzaga, sejas eterno, teu canto encanta, perpetua-se no aboio triste do vagueiro trazendo o gado para o curral, na hora mais sagrada do dia, às seis horas, melancolia do anoitecer. sejas eterno, eterno na lembrança de quem aprendeu a te amar, amar tua voz, sonoridade transportada nas águas do Rio Pajeú, do Rio São francisco, do Rio Vaza-Barris.

Sejas eternizado no canto da Asa Branca, do Sabiá, da Acauã, do Assum Preto.

Sejas eternizado nas chuvas finas de inverno enverdecendo os campos secos do sertão e nas trovoadas que lavam a alma dos que colhem com dificuldades.

Sejas eterno meu velho e querido Cantor Luiz Gonzaga, o som de tua sanfona ganha vida nos ecos das matas infindas do nosso querido Sertão, nos galhos secos das caatingas bravias, em cada um galho existem notas de tuas músicas; Nos socavões das matas disformes, pontiagudas e selvagens, onde balançam tiras de gibões e perneiras, estão imortalizados teus versos, estão infincados o dedilhar ágil de teus dedos nas teclas da sanfona.

Sejas Eterno e acredito que conseguistes um trono aí no mais alto degrau dos Homens que propagam o bem.

Meu abraço de Saudade.

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