quinta-feira, 2 de março de 2017

vaqueiro nordestino - uma homenagem poética - www.joaodesousalima.blogspot.com



 










   VAQUEIRO NORDESTINO

Se você nunca ouviu o aboio do vaqueiro
No mais profundo abandona da caatinga
E a baba do boi no chão seco respinga
Escorrendo nas frestas tortas do barreiro

O vaqueiro entoando seu triste pranto
Clamor sagrado arrebanhando as reses
O cantar solitário repetido tantas vezes
Ecoando nas florestas por todo canto

Em atalhos poeirentos deixa seus rastros
O rosto enrugado trás o sol e seus traços
O gibão de couro protegendo a carcaça

Nesse deserto atroz o tempo não passa
E o vaqueiro solitário deixa seus passos
Carregando o nordeste em seus braços


João de Sousa Lima


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