VAQUEIRO NORDESTINO
Se você nunca ouviu o aboio do vaqueiro
No mais profundo abandona da caatinga
E a baba do boi no chão seco respinga
Escorrendo nas frestas tortas do barreiro
O vaqueiro entoando seu triste pranto
Clamor sagrado arrebanhando as reses
O cantar solitário repetido tantas vezes
Ecoando nas florestas por todo canto
Em atalhos poeirentos deixa seus rastros
O rosto enrugado trás o sol e seus traços
O gibão de couro protegendo a carcaça
Nesse deserto atroz o tempo não passa
E o vaqueiro solitário deixa seus passos
Carregando o nordeste em seus braços
João de Sousa Lima
www.joaodesousalima.blogspot.com
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