sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Paulo Afonso e a Vila Poty, A História Não Contada - www.joaodesousalima.blogspot.com - João de Sousa Lima


     

                    PAULO AFONSO E A VILA POTY, A HISTÓRIA NÃO CONTADA.

   


    Muito tem sido pesquisado, estudado, discutido e analisado sobre os primórdios da história pauloafonsina, sendo o resultado amplamente registrado em vários opúsculos, livros, revistas, teses e ensaios, principalmente quando os dados versam sobre o poderio elétrico das usinas da CHESF que com suas turbinas geram energia para o Nordeste e parte do Sudeste, é a força da água, com sua pujante vazão transformada em quilowatts, gerando um avanço promissor na conjuntura financeira de um pais que busca o crescimento na área industrial. A criação da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco saiu no Diário Oficial da União, sob número 228, de 09 de outubro de 1945, com o decreto-lei número 8.031 de 03 de outubro de 1945.
A partir de 1949 começaram as obras, iniciando-se com a escavação da primeira usina. Sobre todos os aspectos a CHESF influenciou diretamente na criação e no desenvolvimento da cidade de Paulo Afonso, porém há sempre uma lacuna quanto o assunto é a Vila Poty *, muita coisa é de conhecimento de tantos e sobre tais fatos pouco se tem registro histórico e precisamos deixar transformados em artigos literários impressos esses reais fatos acontecidos nos meios sociais de nossa cidade e ainda preservar a busca por uma sobrevivência mais justa, na ascensão dos que tiveram menos oportunidades. Muitos desses textos aqui escritos foram lançados em primeira mão no Jornal Folha Sertaneja, quando a convite de seu diretor e amigo Antônio Galdino da Silva, fundamos uma página chamada Histórias Sertanejas, onde eu escreveria todo mês alguma coisa sobre minhas pesquisas referentes ao cangaço ou sobre as histórias de Paulo Afonso.
     Se negligenciarmos os fatos e a vivência diferenciada da Vila Poty em alusão ao acampamento da CHESF corremos o risco de deixarmos para as gerações futuras o esquecimento dos que foram tão importantes na contribuição, concretização e manutenção de nossa comunidade, por fim, cidade.
   Com a cidade de Paulo Afonso completando 59 anos em 2017 de emancipação política torna-se necessário levar para os anais da sua história futura um pouco do que vivemos e vivenciamos da narrativa recente, sobretudo, um pouco do nosso viver “ALÉM-MURO” *, deixando descansar, já consagrados, os trabalhadores Heróis que com seus saberes construíram o complexo de usinas da Chesf, um dos maiores e impetuosos projetos do mundo, escavações nas profundezas das rochas e arraigado na força da água corrente do Rio São Francisco, no meio de um Sertão bravio e quase inabitado.
    No cinquentenário, comemorando as Bodas de Ouro da cidade de Paulo Afonso, em um evento acontecido em parceria da prefeitura e Jornal Folha Sertaneja, registrei minha admiração aos homens e mulheres que lutaram pela emancipação política, pelos direitos sociais e pela defesa incessante em prol de uma sobrevivência mais justa, feliz e digna para a comunidade.
Aos homens simples que de alguma forma amou esse pedaço de chão eu me congratulo. Parabéns a todos e que o futuro não esqueça os que viveram o primeiro capítulo de uma bela história, desbravadores e vencedores de obstáculos tão duros e ásperos, diante da magnitude de um Rio que espelha em suas águas correntes, séculos de infinitas ligações com os homens que fizeram parte da sua própria história.  


* Vila Poty – Nome dado ao bairro criado fora do acampamento da CHESF que sem infraestrutura tinham os casebres e barracos cobertos com os sacos vazios de cimento da marca Poty usados nas construções das usinas. A Vila Poty foi medida pelo senhor Pitinga.

* ALÉM-MUNDO - termo usado para definir os moradores da Vila Poty que ficavam separados da vila operária da CHESF por um muro de arame farpado, passando o muro, tempos depois, a ter uma alta base de pedras com cactos e arames farpados na parte superior.    Esse muro de pedras, cimentos, cactos e arames farpados ficou conhecido como “MURO DA VERGONHA”, por dividir duas sociedades e pelas disparidades sociais entre ambas.     



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JOÃO DE SOUSA LIMA – 75-988074138 – joaoarquivo44@bol.com.br





























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