Turistas encantados com as belezas de Paulo Afonso
Antônio Galdino
folhasertaneja.com.br
Ilha de Paulo Afonso - Oásis sertanejo
As belezas naturais de Paulo Afonso e o seu complexo de usinas hidrelétricas têm sido motivo para a visita e encantamento de grande número de turistas. Nos finais de semana e com maior incidência naqueles que são feriadão, mas também durante a semana, é grande o número de visitantes que chegam à cidade fazendo a alegria dos empresários de hotéis, restaurantes e dos guias credenciados.
No mês de outubro, a floração das craibeiras que deixam a cidade vestida de amarelo, são outro motivo para se conhecer os atrativos turísticos de Paulo Afonso.
A parte central da cidade foi transformada em Ilha de Paulo Afonso, com a construção do Canal que alimenta a Usina Paulo Afonso IV, há cerca de 40 anos. E é aí que se concentra a maioria da rede hoteleira, restaurantes, praças, áreas verdes, comércio e o complexo hidrelétrico da Chesf, com suas usinas, subestações, e os mirantes para o cânion do São Francisco e para a Cachoeira de Paulo Afonso.
Antônio Galdino Prainha de Paulo Afonso, no Lago da Usina PA-IV
Ao chegar a Paulo Afonso o visitante é recebido por canteiros de flores e pelas águas do Lago PA-IV onde fica a Prainha, sempre muito procurada nos fins de semana. Ali, além do agradável banho, num clima bem tropical, de céu sempre azul, há boas opções de restaurantes. Sede da zona turística da Bahia, Lagos e Canions do São Francisco, que compreende também os municípios de Abaré, Glória, Rodelas e Santa Brígida, Paulo Afonso é um oásis sertanejo.
Chamada de Oásis Sertanejo, Paulo Afonso, de fato, surpreende aos visitantes que percorrem centenas de quilômetros acompanhando a vegetação da caatinga, verde apenas no inverso e, de repente, se depara com a imensidão dos lagos que envolvem a cidade.
O Lago da Usina PA-IV que o recebe logo na chegada, num caminho de flores ao longo da estrada de acesso à Ilha de Paulo Afonso. Mas, há ainda o Lago Moxotó, com 1(um) bilhão de metros cúbicos de água e o lago da Barragem Delmiro Gouveia e ainda o próprio rio São Francisco que desce espremido entre os paredões de granito até a Barragem de Xingo, 65 quilômetros adiante.
Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso - Usinas I, II e III
O complexo hidrelétrico de Paulo Afonso reúne, num raio de apenas 4 quilômetros, cinco grande usinas hidrelétricas que, junto com a Usina de Xingo e a de Itaparica, produzem mais de 80% de toda a energia hidroelétrica gerada pela Chesf, que soma mais de 10 milhões de quilowatts.
A visita técnica às usinas, programada diretamente com a Chesf ou a visita turística, pela galeria da III Usina, estão nos roteiros das grandes operadoras de turismo do Brasil. No caminho, uma parada de encher os olhos nos Drenos de Areia, quedas d`água permanentes no início do cânion do São Francisco.
Na Ilha do Urubu, um mirante conta a história da Chesf em placas que marcam a sua caminhada, uma outra que marca a visita do Imperador D. Pedro II à Cachoeira de Paulo Afonso, em 1859, monumento e versos de Castro Alves, sobre a cachoeira e uma visão das edificações da Usina Angiquinho,construída por Delmiro Gouveia, em 1913 ao lado da Cachoeira de Paulo Afonso que só retorna à sua pujança nas grandes cheias do rio São Francisco.
Antônio Galdino Catamarã no Canion do São Francisco em Paulo Afonso
Outra atração que vem trazendo número cada vez maior de turistas é o passeio de catamarã feito no trecho mas natural e mais bonito do cânion do rio São Francisco, em território pauloafonsino. A saída é do Povoado Rio do Sal, a 15 quilômetros do centro de Paulo Afonso e tem a duração de três horas, com aproximadamente uma hora de banho no rio São Francisco. No trecho desse passeio, no meio do cânion, os paredões de granito chegam a mais de 100 metros de altura.
No entorno da cidade há ainda as dezenas de sítios arqueológicos que formam o Museu a Céu Aberto, ainda em fase de organização. E há o artesanato de linhas, fabricando em teares rústicos redes, mantas e outras peças da melhor qualidade, já exportadas para a Europa.
Antônio Galdino Museu Casa de Maria Bonita - Malhada da Caiçara-Paulo Afonso-BA
A presença do cangaceiro Lampião por estas terras baianas com muita freqüência e a de Maria Bonita, nascida na Malhada da Caiçara, no município de Paulo Afonso, onde está o Museu Casa de Maria Bonita, fez nascer o Roteiro do Cangaço que tem atraído grande número de pesquisadores e curiosos e estudiosos desse tema. O escritor João de Souza Lima, morador de Paulo Afonso há muitos anos, tem pesquisado o tema e já produziu 6 livros sobre o cangaço, Lampião, Maria Bonita e outros cangaceiros.
A riqueza do potencial turístico de Paulo Afonso levou a Bahiatursa a promover a realização de um seminário regional na cidade, com a participação de órgãos estaduais de turismo dos estados de Alagoas e Sergipe. Desse seminário nasceu o Roteiro Integrado do Cânion e Cangaço, lançado em Maio/2010 no Salão de Turismo, em São Paulo e em Outubro/2010, na ABAV, no Rio de Janeiro.
Eduardo Cruz Escola Boa Idéia - Natal-RN
Muitos colégios e escolas do Nordeste têm colocado em seus planejamentos viagens de seus alunos a Paulo Afonso, como aconteceu com Escola Boa Idéia, de Natal, cuja diretora Maria Lúcia Pereira de Santana, que já trabalhou em Paulo Afonso declarou. "Ah! A visita anual a Paulo Afonso já está no nosso planejamento. E os alunos e professores saem daqui encantados com tanta beleza. Para o ano estamos aqui de novo!"
Essa euforia também tomou conta dos alunos de Salvador que foram trazidos pelo Grupo Energia. Diante das quedas dos Drenos de Areia eles alternavam a contemplação com a inquietude da pose para fotos e mais fotos para registrar aquela paisagem única.
Antônio Galdino Estudantes de Salvador - Agência Grupo Energia
De suas bocas uma palavra resumia o seu sentimento: "É lindo! Muito Lindo". E, certamente, nunca devem ter lido uma declaração do geógrafo Theodoro Sampaio que, em 1906, visitando a Cachoeira de Paulo Afonso, grandiosa, questionado sobre a sua opinião pelo que via, disse apenas: "Paulo Afonso, vê-se, sente-se. Não se descreve".
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