segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Maranduba, um dos maiores e mais misteriosos combates do cangaço


Maranduba foi onde aconteceu um dos maiores combates da história do cangaço. Localiza-se em Poço Redondo, Sergipe.
Dia 16 de janeiro de 2011 eu e Ivanildo Silveira, acompanhados do escritor Alcino Alves Costa, estivemos no local do combate, procurando o verdadeiro lugar onde o tiroteio aconteceu, diante das dúvidas encontradas e de uma longa discussão chegamos a conclusão que a elucidação dos fatos reais carece de um estudo mais aprofundado e o mais urgente possivel, pois as pessoas que podem contribuir com suas informações estão beirando os cem anos de idade.
O local onde ficam os caldeirões com água e onde estão os velhos umbuzeiros que serviram de proteção natural para os cangaceiros ainda estão lá, assim como também está lá a cruz que marca o lugar onde os soldados mortos no combate foram enterrados. Distante desse ponto, aproximadamente 1000 metros, próximo ao morro da Pedra Branca, foi onde os moradores encontraram centenas de cartuchos deflagrados e intactos, datados de 1912, 1913 e 1914.
Escalamos a Pedra Branca, onde Alcino e Ivanildo sofreram arranhões causados por espinhos e as cactáceas abundantes (na foto está sendo exposto o braço de Alcino ainda sangrando).
No morro da Pedra Branca não tem calderões e nem água e ficava quase impossivel, pela distância, de carregarem os soldados para o local onde a cruz marca o ponto de enterro dos corpos.
Esses fatos são provas que os mistérios cercam as histórias do cangaço.

4 comentários:

  1. Amigo João de Sousa Lima:

    É como diz você, tem que ser feito com urgência entrevistas com esses senhores que viram de perto o combate de Maranduba. É claro que eles não participaram desta guerra, mas com certeza, têm muito o que falar sobre o acontecido. Quanto antes melhor, pois a idade dessas pessoas, se as entrevistas não acontecerem logo, eles poderão perder a memória e a Deus informações sobre o tiroteio de Maranbuba.

    Parabéns aos três escritores que enfrentaram, creio eu, essas dificuldades para chegarem até o local do tiroteio. Eu imagino que para chegar nesses lugares tudo é muito difícil; o cansaço, a sede, o sol, a coceira no corpo, o terreno, a ramagem espinhosa...

    José Mendes Pereira - Mossoró-RN.

    ResponderExcluir
  2. O amigo Alcino dando o sanque por uma boa notícia da saga lampiônica e João como sempre ciceroniando os amigos historiadores a caça de uma boa história.
    Abraços Gilmar.

    ResponderExcluir
  3. Amigo Gilmar

    Alcino é uma pessoa que recebe os amigos e os amigos dos amigos, de forma calorosa e sempre com disposição para visitar esses lugares distantes.
    Tive o prazer de compartilhar da sua hospitalidade por uma semana e visitamos Angico, Maranduba, Piranhas e a Fazenda Patos, com mestre Alcino sempre motivado, andando, subindo morros e andando no meio da vegetação.
    Alcino é um dos maiores pesquisadores que conheço e esse trio, Ivanildo e João, nossa... aos tres eu tiro meu chapéu.
    Abraços

    ResponderExcluir
  4. Tem que ser feito com urgência entrevistas com esses senhores que viram de perto o combate de Maranduba. É claro que eles não participaram desta guerra, mas com certeza, têm muito o que falar sobre o acontecido. Quanto antes melhor, pois a idade dessas pessoas, se as entrevistas não acontecerem logo, eles poderão perder a memória e a Deus informações sobre o tiroteio de Maranbuba.

    ResponderExcluir