sexta-feira, 29 de agosto de 2014

"SEU DEDÉ"; UM PIONEIRO DE PAULO AFONSO


     Em 1983 quando servi ao exército na 1ª Cia. de Infantaria, um dos melhores amigos de farda foi o soldado LIMA. servimos no mesmo pelotão de Fuzileiros ( 2º Pelotão).
hoje, depois de 31 anos, ainda mantemos a mesma amizade.
Lima seguiu carreira militar e hoje é Sub-tenente servindo em Salvador.
em uma recente visita a Paulo Afonso nos encontramos para comemorar 31 anos que servimos ao Exército, o que foi comemorado no restaurante Rancho da Carioca. depois do almoço seguimos até a casa do pai Lima, "seu Dedé".
Seu Dedé, ou melhor, Seu Felizardo, hoje com mais de 90 anos de idade,  foi um dos pioneiros da CHESF, tendo seu primeiro fichamento da empresa no dia 1º de abril de 1953, trabalhando na central de ar comprimido. Saiu tempos depois e retornou em 23 de dezembro de 1962 como compressorista e saindo mais uma vez e retornando no dia 08 de novembro de 1965 onde trabalhou de ajudante de mecânico e apontador, até aposentar.
Por ironia do destino seu Dedé foi vizinho de meus pais morando em Imaculada, Paraíba.
Na década de 1970 moramos vizinhos na Rua Ribeirão, onde ele permanece até hoje.
Seu Dedé e meu pai sempre conversavam sobre os tempos vividos na Paraíba.
Ele ainda encontra-se lúcido e sempre atento e carinhoso com os amigos dos filhos. Suas lembranças são sempre compartilhadas nos encontros, ele relembra com tristeza quando perdeu dois amigos nas construções da usinas, eram dois irmãos de Monteiro, Paraíba. chamavam-se Joaquim Maravalto e Pedro Dias. Eles morreram juntos com mais dois, totalizando quatro pessoas, nas ensecadeiras de fechamento do Rio São Francisco.
Suas recordações sobre sua luta na construção e no início de Paulo Afonso no eleva à condição de mais um PIONEIRO de nossa cidade.

João de Sousa Lima, SEU DEDÉ e Lima



Um comentário:

  1. Agradeço ao meu grande amigo 145, pela justa homenagem a esse homem, que entre tantos outros, deu literalmente suor e sangue em prol do progresso do Nordeste, do Brasil e pelo surgimento de nossa cidade. Vindo do sofrido sertão paraibano ainda na década de 50, fincou o pé e adotou PA como cidade natal e nela criou os filhos. Neste encontro nos emocionamos muito, nós três, com relatos tristes, como a perda de companheiros em serviço, alegres e até reveladores, como, quando, falou que conhecia o pai de Sousa Lima, Seu Raimundo Piancó, desde a época de solteiro. Poderíamos ter passados horas e horas ouvindo as histórias ainda vivas na cabeça, ainda muito bem saudável, desse velhinho, mas infelizmente o tempo não nos permite isso. Desse homem, desse grande homem, falo com gratidão e com saudade, pois ele é meu herói e meu orgulho, meu PAI. TE AMO MEU VELHO.

    ResponderExcluir