O tempo... o rio... Vida que segue...
Fé,
esperança, amor...
Filósofos,
historiadores, cientistas, poetas e sonhadores costumam se debruçar sobre os
abismos das caminhadas e ficar refletindo sobre o tempo, que passa e não
costuma fazer o caminho de volta. Passou, seguiu em frente, sempre e para
sempre...
Ele
acalenta os sonhos da gestante que conta, ansiosa, cada momento que falta para
ver chegar à luz a criatura gerada no seu ser...
Os
namorados que não vêem a hora do reencontro... Aliás, reencontro parece ser a
palavra mágica que eterniza o tempo na busca do outro ser...
Mas
o tempo é inexorável. Chega, faz um agrado e segue a caminhada.
Com
o tempo, o inocente bebê começa a descobrir os encantos, os desencantos e os
desencontros da vida.
A
jovem bonita, capa de revista, descobre um dia que seus lindos e negros cabeços
começam a trazer pequenas mechas prateadas que vão esbranquiçando e mudando o
cenário do seu rosto que começa a mostrar as primeiras linhas, marcas profundas
dos tempos de caminhada...
O
tempo é como o rio. Nunca é o mesmo. Sempre passando se mostra diferente em
cada curva da estrada, em cada meandro, nunca é o mesmo rio para os ribeirinhos
que acompanham, de geração a geração, a sua passagem pelo mesmo lugar, todo o
tempo...
E,
quando nessas infindáveis curvas do tempo nos deparamos com mais um abismo à
nossa frente, um cenário desconhecido, uma escada enorme com 365 degraus,
filósofos, poetas, pensadores, ficam imaginando o que nos reserva cada um
desses degraus.
E
somos levados e tocados a rever, como o fez poeticamente Osvaldo Montenegro, a
nossa lista de amigos e de acontecimentos com quem nos encontramos nos últimos
tempos da nossa caminhada... Quantos amigos... quantos sonhos... quantos
amores... Ah! E como está o teu conflito com o espelho?
Nessa
estrada pela qual seguimos há tantos anos, não podemos perder o senso da
loucura e assim como a criança que vivia, crescia, se alimentava no aconchego
do útero materno todos os meses e um dia precisa dar um salto no escuro, em um
mundo totalmente desconhecido, precisamos lembrar de Mário Quintana que viu um
senhora pronta para pular do décimo segundo andar para um abismo desconhecido e
ainda assim jogou-se no infinito... O seu nome é ES – PE – RAN – ÇA.
A
fé, a esperança e o amor fortalecem a nossa caminhada.
Acompanhando
o ritmo do tempo, como as águas do rio que sempre se renovam, saudamos o novo
ano que chega, revendo a nossa lista de amigos, amores, sonhos, renascendo em
nós a esperança de boas notícias a cada novo amanhecer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário