PASSANDO EM MANIÇOBA E
SERRINHA: TERRAS DE ITAPETIM.
(LEMBRANDO O CASARÃO DA FAMÍLIA PIANCÓ)
O CASARÃO GUARDA OS ECOS
DAS VOZES DO SEU PASSADO
O VERDE DO SEU TERREIRO
HOJE É CAMPO ESTURRICADO
CHÃO QUE QUEIMA A HISTÓRIA
ANIQUILANDO DA MEMÓRIA
A GLÓRIA DO TEU REINADO
UM VELHO PILÃO JOGADO
NA SOMBRA DO JUAZEIRO
ENGENHO DE MOER CANA
ESQUECIDO NO LAJEIRO
AÇUDE SECO SOFRIDO
PERPETUANDO O GEMIDO
DORES DO MUNDO INTEIRO
COM A PENA E O TINTEIRO
ESCREVENDO À LUZ DO DIA
NA PÁGINA DO MEU DIÁRIO
A TINTA PRETA SOMBRIA
RASGA O VERBO DA EMOÇÃO
FALANDO DE UM CASARÃO
ESQUECIDO EM PEDRA FRIA
UM VENTO FORTE RODOPIA
MOVENDO SUAS ARAGENS
A MANIÇOBA E A SERRINHA
FORAM BELAS MIRAGENS
DESSE PALCO FENOMENAL
QUE UM DIA FOI TRIUNFAL
HOJE SOBRAM AS IMAGENS
RESTAM APENAS AS PAISAGENS
ESCOMBROS, PEDRAS E TERRAS
DOS TEMPOS ÁUREOS PASSADOS
GUARDO LEMBRANÇAS ETERNAS
NO FRIO ABANDONO DA ALMA
MEU CORAÇÃO TRISTE ACALMA
COM AS MIRAGENS DAS SERRAS
*João de Sousa Lima
Paulo Afonso, 20 de dezembro
de 2015
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